Fórum na BA debate inclusão da diversidade no mundo de trabalho
Apontar caminhos para garantir oportunidades iguais no mercado de trabalho para negros, LGBTs, mulheres e deficientes é o objetivo do I Fórum Baiano da Diversidade no Mundo do Trabalho. A atividade aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro sob a iniciativa da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte do Estado da Bahia.
Por Railídia Carvalho
Publicado 25/10/2017 17:23
Na opinião da secretária da pasta, Olívia Santana, a diversidade precisa ser vista como potencial. “Queremos discutir ascensão, progressão nas carreiras tendo a diversidade como riqueza. Assim todo mundo ganha, empresas e trabalhadores e a gente moderniza o universo das corporações”.
A pesquisa “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas” (2015 – Instituto Ethos e BID) aponta que as mulheres ocupam 0,4 de cargos executivos. Estatísticas também revelam que entre os trangêneros apenas 10% estão no mercado forma de trabalho.
Segundo a coordenadora do Fórum, Angela Guimarães, o encontro não é para fazer o diagnóstico mas para apontar saídas e compartilhar iniciativas bem-sucedidas sobre o tema. “O diagnóstico é a invisibilidade desses grupos, o que queremos é a mudança na cultura corporativa”, explicou Angela.
O presidente da Bayer, Theo van der Loo, afirmou que a empresa tem avançado em romper com esse cenário na corporação. “Mantemos para cada segmentos um chamado grupo de afinidade para tocar projetos que interessem a cada uma das iniciativas”, contou.
Para José Vicente, presidente da Afrobrás, é necessário mudar esse quadro que coloca os cerca de 54% de negros e negras fora do mercado de trabalho.
“Somos um país de miscigenados, de negros e brancos e quando conhecemos indicadores deparamos com empresas que não tem, por exemplo, negros em sua estrutura”, ressaltou.
Participaram do Fórum empresários, lideranças sindicais, parlamentares e profissionais de recursos humanos. Ao final do evento foi divulgada uma declaração que avalia o Fórum como uma experiência que possibilitou informações para “a inclusão e gestão estratégica da diversidade no mundo do trabalho”.
O documento também afirma que foi uma oportunidade para “sintetizar o compromisso mútuo entre a iniciativa privada e o poder público no estado”.
Confira AQUI a declaração na íntegra