China se compromete a investir em serviços para estudantes e idosos
Governo divulgou que subsídios estatais beneficiaram 775 milhões de estudantes chineses em dez anos. Além de continuar com a política de subsídios aos jovens, a China pretende padronizar serviços de cuidado a idosos
Publicado 19/10/2017 16:20
Nos últimos 10 anos, 775 milhões de alunos de universidades e escolas profissionalizantes receberam assistência financeira na China, segundo o Ministério da Educação.
O número de beneficiados praticamente dobrou de 51,6 milhões em 2007 para 91,3 milhões em 2016, em um aumento anual médio de 6,55%. A assistência somou 1 trilhão de yuans (US$ 159 bilhões), saltando de 41,6 bilhões em 2007 para 168,9 bilhões em 2016, um crescimento médio anual de 16,84%. O financiamento governamental tem um papel fundamental nisso: foram 726 bilhões de yuans ao longo desses anos, ou 68,87% do que foi gasto. Em maio de 2007, o Conselho de Estado, o gabinete chinês, criou um sistema de assistência financeira para alunos carentes de universidades e de escolas profissionalizantes. Foi o primeiro plano abrangente e sistemático do tipo.
A ajuda tem várias formas, como isenções de mensalidades, subsídios para sustento, bolsas e empréstimos. Na última década, a China adotou 40 políticas de ajuda financeira para estudantes, com 29 programas de ajuda. Atualmente, a assistência cobre todas as famílias pobres, da creche à pós-graduação em instituições públicas ou privadas.
O serviço de cuidado para idosos
O governo chinês também divulgou um projeto de regras sobre as instituições de cuidado a idosos para padronizar as práticas e os serviços. As regras do Ministério dos Assuntos Civis serão publicadas online pela consulta pública até 12 de novembro.
O projeto pede que as casas de repouso ofereçam serviços de comunicações, incluindo mas não limitados a telefone e internet. Se residentes tiverem problemas com os serviços de comunicações, as instituições devem fornecer pessoal profissional para ajuda. Os funcionários devem tratar os idosos com cortesia e paciência, mantendo confidenciais as informações privadas dos residentes e visitantes. O ambiente e as instalações devem ser seguras e proteger a privacidade dos residentes, disse o projeto.
Os serviços de terceirização devem ser autorizados a organizações qualificadas, com sistemas de retirada estabelecidos. As casas de repouso devem fazer programas de serviços públicos e padrões de cobrança e elaborar regras sobre o tratamento de queixas, que devem ser respondidas dentro de 10 dias úteis. O projeto também exige que as casas de repouso ofereçam serviços de hospedaria. Os provedores de serviços de hospedaria devem receber treinamento antes da oferta dos serviços.
A China tinha mais de 230,8 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no final de 2016, 16,7% da população total, de acordo com um relatório lançado pelo Ministério dos Assuntos Civis.
Quanto aos padrões internacionais, um país ou região é considerada uma "sociedade em envelhecimento" quando o número de pessoas com 60 anos ou mais atingir 10% ou mais.
O país tinha 140 mil casas de atendimento para idosos com um total de mais de 7,3 milhões de leitos no final de 2016, com um aumento anual de 20,7% e 8,6%, respectivamente. No entanto, existem apenas 31,6 leitos para cada mil idosos.