Publicado 27/09/2017 15:22
O termo que definiu as vitórias e derrotas das últimas eleições brasileiras foi privatização. Fernando Henrique Cardoso iniciou uma era de malsucedidas vendas do patrimônio público, com a entrega de empresas estratégicas a preço de banana. Desde então, o país assiste ao desmonte e transferência de comando dessas empresas a “acionistas” anônimos de todos os recantos do planeta, em especial, os Estados Unidos.
Denúncias de irregularidades sobre aquelas negociatas iam desde a utilização de dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar os folgados capitalistas “arrojados”, até simplesmente desvios de recursos. Porém, tudo morreu nas gavetas do então procurador geral da república, Geraldo Brindeiro, mais conhecido como “engavetador geral da república”.
Agora, o governo golpista de Temer quer levar a cabo uma nova era de privatizações. Como uma avalanche, o projeto que beira a criminalidade quer vender 57 empresas. Descendo a montanha e arrastando tudo o que estiver no seu caminho. Está na mira o que resta da Petrobras, da Eletrobras, da Embrapa, da Infraero e dos bancos públicos.
A justificativa de fazer caixa para pagar os “sagrados” juros dos parasitas financeiros de sempre é encoberto pelo discurso da “corrupção” e ineficiência do setor estatal. Que não se negue a corrupção, praga que atinge a humanidade desde os primórdios. Para cada mal, um remédio.
A Noruega convive pacificamente com empresas estatais, o que possibilita que a estratégia de nação se concretize em altos índices de desenvolvimento humano, educacional de saúde, tecnologia dentre outros. O que faz isso ser possível? Transparência. Sem complexo de vira-latas, é necessário ter uma identidade nacional para alcançar os objetivos de bem-estar de um povo. Por que não no Brasil?
Reação
Em 21 de junho, foi lançada a Frente Parlamentar pela Soberania Brasileira, composta por 200 deputados e 18 senadores, com apoio de diversos setores. A Frente tem como principais propostas que rejeitam a chamada “economia neutra” e cobram a opção do Estado brasileiro pelo atendimento dos interesses do seu povo, e não dos interesses externos.
*Pablo Diaz é integrante da diretoria do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região