Publicado 21/09/2017 11:26
Um grupo de professores que panfletava, nesta quarta-feira (20), em Santo André, no ABC paulista, contra o projeto chamado de Escola Sem Partido – que os especialistas chamam de "lei da mordaça" –, foram abordados de forma truculenta pela Polícia Militar. Dois foram detidos. De acordo com relatos, a voz de prisão foi dada pelo fato de um dos professores gravar a abordagem em seu celular.
As informações são do site Esquerda Diário.
De acordo com o professor Rafael Bueno, um dos docentes detidos, desde a posse do prefeito Paulo Serra (PSDB), todas as manifestações populares na cidade sofrem com repressão policial, o que se repetiu ontem. "Foi uma tentativa de censura aos professores. A conjuntura atual está tão difícil que uma simples panfletagem já causa problemas. Há meses que qualquer manifestação em Santo André já traz a presença da Polícia Militar. Esse nível de repressão não tinha antes e está cada vez pior", lamenta, em entrevista ao site.
A professora e assistente social Sol Massari explica que a voz de prisão só foi dada à ela dentro do 1º DP de Santo Antes – onde os professores foram levados. "O que aconteceu hoje foi uma afronta à liberdade. Na delegacia, o PM que prendeu o Rafael se dirigiu a mim, falou que eu era testemunha e acrescentou 'eu não te peguei lá, mas te pego aqui", narra.
Manifestantes relatam que a panfletagem na Estação Santo André (Linha 10 – Turquesa) era pacífica. "A gente estava fazendo uma panfletagem totalmente pacífica, vários populares tentaram defender os professores. É um absurdo o que está acontecendo, querendo calar a voz da população que se manifesta", afirma Maíra Machado, também professora.
Confira o vídeo: