Sindicalistas: Governo precisa levar a sério proposta anticrise
Nesta terça-feira (12), sindicalistas teceram críticas à política econômica de Michel Temer e cobraram atitude imediata do governo para solucionar a crise. “Nós temos alternativas e o governo tem que escutar”, disse o presidente da CTB, Adilson Araújo. Os representantes dos trabalhadores, juntamente com empresários, entregaram a Temer propostas para a retomada do crescimento e geração de empregos.
Publicado 13/09/2017 12:16
Entre as propostas levadas ao Planalto estão ações para a retomada do crédito, retomar obras públicas paralisadas, recuperação de passivos fiscais, entre outros.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Jesus Cardoso, avaliou positivamente a união de forças para salvar o país. “Este é o caminho para encontrar uma solução para este grave problema que nós estamos enfrentando – é a pior crise que já tivemos. Estamos num momento em que a sociedade está sem rumo. Então, cabe às organizações que têm responsabilidade perante a nação buscar um caminho, superar divergências e contradições, tanto as centrais sindicais e sindicatos quanto as entidades patronais. Esse governo, mesmo não sendo legítimo, é o que temos aí. Esperamos encontrar um caminho salutar para devolver à população sua paz de espírito e o emprego, o mais rápido possível. Que isso não fique só no debate e converta em empregos e melhorias ao povo.”
Adilson, Jesus, Cristiane e Marcelino em Brasília
“A união de setores divergentes demonstra convergência de interesses em prol do Brasil, reconhecendo a pior crise que se abateu em todo o mundo, em que só o setor rentista, no Brasil e no mundo, comemora recordes de lucros, em detrimento da produção do emprego e do desenvolvimento”, afirmou Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal).
Para o representante dos trabalhadores portuários, Mário Teixeira, “as sugestões colocadas à mesa pelas centrais e entidades empresariais são relevantes. Mas seu êxito depende de efetivo empenho de diversos segmentos do governo”.
“Acredito que a conversa entre as centrais e as entidades patronais está em sintonia. As empresas precisam se restabelecer, os trabalhadores precisam trabalhar, mas só irá funcionar se o governo nos levar a sério e estiver de fato preocupado com o povo brasileiro”, argumentou Cristiane Marcolino, dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis (RJ).