PF vê indícios de crime de corrupção de Temer e partidários
No relatório final que investigou o chamado "Quadrilhão" do PMDB da Câmara, a Polícia Federal apontou indícios de que Michel Temer e seus parceiros Moreira Franco e Eliseu Padilha cometeram crimes de corrupção. Há também material que incrimina o ex-ministro Geddel Vieira Lima, recentemente envolvido no caso das malas com R$ 51 milhões, além dos ex-deputados Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha – os três já estão presos.
Publicado 11/09/2017 19:26
Segundo informação da Coluna do Estadão, as investigações apontaram que os integrantes da cúpula do PMDB participavam de uma organização criminosa, que mantinha uma estrutura com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública.
Para a Polícia Federal, os integrantes da cúpula do partido se organizaram como o objetivo de obter "vantagens indevidas" na administração pública direta e indireta. Entre os crimes atribuídos ao grupo, estão corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas.
O relatório sobre o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, porque entre os apontados como responsáveis estão políticos com foro privilegiado.
O Supremo Tribunal Federal remeterá o inquérito para a Procuradoria Geral da República, que, se concordar com os argumentos da PF, apresentará denúncia contra os envolvidos ao STF.
Em junho, Temer foi denunciado pela primeira vez pelo procurador Rodrigo Janot, sob acusação de corrupção envolvendo a JBS. Depois de liberações de emendas e distribuições de cargos para aliados de Temer, a Câmara dos Deputados decidiu suspender o trâmite da denúncia no dia 2 de agosto.