PGT cobra de ministro do Trabalho preservar combate a trabalho escravo
O procurador-geral do Trabalho, Ronaldo Fleury, cobrou do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, a manutenção das fiscalizações de combate ao trabalho escravo e ao trabalho infantil em todo o Brasil. Em reunião realizada na quarta-feira (26), marcada a pedido de Fleury, o ministro afirmou só ter recursos garantidos até o mês de agosto. No entanto, comprometeu-se em buscar soluções que assegurem as ações até fim do ano.
Publicado 30/07/2017 11:25

Segundo Ronaldo Fleury, a própria queda do número de regaste de trabalho escravo nos últimos anos se deve à presença marcante do Estado na fiscalização e às multas elevadas impostas aos empregadores. “Os próprios fazendeiros, sabendo que podem ter suas fazendas inspecionadas, já começam se preocupar. Mas, o Estado saindo, naturalmente tende a haver um relaxamento. Isso também poderia ocorrer na indústria, em que há trabalho escravo, por exemplo, por meio da exploração de bolivianos em São Paulo. Eu diria que, em havendo o afastamento do Estado [na fiscalização], nós estaríamos sujeitando a relação do trabalho a terra de ninguém. O Estado não pode sair dessa operação. Se ele sair, todo trabalho feito até agora será perdido, mas volto a dizer que o ministro garantiu que não vai haver paralisação. Espero e conto com isso”, afirmou.
O ministro Ronaldo Nogueira garantiu que as fiscalizações continuarão. “Nós asseguramos ao procurador-geral que o Ministério do Trabalho está trabalhando no sentido de readequar o seu orçamento para que essas ações não sejam paralisadas. São ações importantíssimas. Aquilo que foi realizado até o mês de junho deverá ter continuidade no mês de julho, do mês de agosto, no mês de setembro, outubro, novembro e dezembro, assim como foi planejado”, disse.