Maior feira literária do país, a Flip, começa nesta quarta-feira
A cidade de Paraty, no estado do Rio de Janeiro, sedia, a partir desta quarta-feira (26), a 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). A abertura será às 19h15, no Auditório da Matriz, com a mesa literária Lima Barreto: Triste Visionário.
Publicado 26/07/2017 16:29
Com direção de cena de Felipe Hirsch, o ator e escritor Lázaro Ramos e a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz debaterão a vida e a obra do escritor carioca Afonso Henriques de Lima Barreto, homenageado deste ano pela Flip.
O show de abertura, às 21h30, no Auditório da Praça, estará a cargo do pianista André Mehmari, que vai executar a Suíte Policarpo, criada para o evento, inspirada no mundo de Policarpo Quaresma, personagem de Lima Barreto.
Na avaliação da secretária de Cultura de Paraty, Cristina Maseda, a Flip é “extremamente importante. São 15 anos que a cidade tem a festa literária. Nota-se um impacto impressionante na vida cultural, no reconhecimento de Paraty como um destino de cultura, como uma cidade onde a cultura tem um lugar preponderante diante dos outros setores”, disse.
Segundo a secretária, a área cultural dos paratienses cresceu muito com a Flip, tornando o município conhecido. Cristina lembrou que, além da Flip, Paraty é sede do Paraty em Foco, festival de fotografia; do Mimo, festival de música; do Encontro de Ceramistas, sem falar na Festa do Divino, que é patrimônio cultural do Brasil. “Colocam Paraty em uma posição de destaque entre as cidades com até 50 mil habitantes do Brasil”, argumenta.
O grande legado da Flip, da Flipinha, que é voltada para o público infanto-juvenil, e da Flipzona, que incentiva a leitura e a produção cultural por meio de novas mídias, é o forte impacto no índice de leitura da população, afirmou Cristina.
Todas as escolas municipais contam hoje com acervos de literatura infantil e juvenil de alta qualidade. “As crianças leem mais, há hora de leitura nas escolas, a literatura hoje na cidade tem um destaque importante”. Antes da Flip, a secretária informou que “não havia sequer um livro infantil na cidade. Daí a Flip ter uma importância enorme”, contou.