Base aliada faz troca de integrantes da CCJ para tentar salvar Temer
O botão do pânico foi acionado pelo governo de Michel Temer diante da esperada derrota na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Sem votos para garantir o arquivamento da denúncia, a base aliada do governo fez a troca de deputados que integram a comissão, nesta segunda-feira (10). O parecer sobre a denúncia deve ser lido hoje.
Publicado 10/07/2017 12:53
O vice-líder da bancada do PMDB, Carlos Marun (MS), da tropa de choque do governo, já aparece oficialmente como membro titular da comissão no lugar de José Fogaça (PMDB-RS), que virou suplente.
O Solidariedade, do Paulinho da Força (SP), trocou quatro parlamentares. Saiu Major Olímpio (SD-SP), que votaria contra o governo, e entrou o líder da bancada, Áureo (SD-RJ), na vaga do titular. Áureo, por sua vez, foi substituído por Laércio Oliveira (SD-SE), reconhecido governista.
Uma vaga de suplente cedida pelo PROS ao Solidariedade foi ocupada por Wladimir Costa (SD-PA), que integrava a tropa de choque de Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética.
O PTB também tirou Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que se posicionou contra a reformas trabalhista e previdenciária, e o colocou na suplência no lugar de Giovani Cherini (PR-RS). Para a vaga de titular do PTB foi escolhido Nelson Marquezelli (PTB-SP).
O PSD também sinaliza com mudanças. Evandro Roman (PR) deve substituir Expedito Netto (RO).
A estratégia desesperada é de tentar mostrar que o governo ainda tem alguma força e tentar garantir os votos dos indecisos.