Temer encomendou pesquisa para mudar nome do Minha Casa Minha Vida
Matéria publicada pelo site BuzzFeed aponta que o governo Michel Temer encomendou uma pesquisa para medir a reação das pessoas a uma possível mudança no nome do programa Minha Casa Minha Vida. Temer se incomoda com o fato de que o maior programa de habitação da história do país, que beneficiou mais de 6,8 milhões de brasileiros, esteja associado aos governos de Lula e Dilma, seus idealizadores.
Publicado 04/07/2017 12:57
A pesquisa, à qual o BuzzFeed teve acesso, foi feita pelo Instituto Análise e finalizada em 25 de maio deste ano, e foi contratada pela Secretaria de Comunicação da Presidência. De forma qualitativa, o levantamento foi feito por meio de grupos focais para apurar as opiniões do público sobre assuntos específicos.
O resultado: as pessoas gostam do nome, iam ignorar uma eventual mudança e a sensação que passaria é que seria uma mudança só porque é MCMV é do governo anterior.
“Para os participantes foi estranho pensar na ideia de mudar o nome do programa. Acreditam que o nome Minha Casa Minha Vida é adequado, todos conhecem e não deve ser mudado, a menos que as regras do programa mudem muito. Do contrário, não há razão para a mudança do nome”, diz a análise do instituto responsável pela pesquisa.
E não ficou por aí. Os entrevistados disseram ainda que Temer deveria se preocupar em melhorar o programa, e não o nome. “Deixa o mesmo nome. É como trocar o nome da Coca-Cola. Ninguém iria acreditar que é a mesma coisa”, afirmou um dos pesquisados, segundo o instituto.
Ainda de acordo com a reportagem, boa parte das avaliações mais duras ao governo Temer veio dos entrevistados da classe C. Além do Minha Casa Minha Vida, a pesquisa apurou como os grupos focais compreendem a comunicação do governo Temer.
Na classe C, o grupo focal apontou que Temer é considerado “arrogante”. Entre os mais ricos e mais velhos, a avaliação também foi ruim. A pesquisa mostrou ainda vídeos de discursos de Temer.
“Para a classe C, ele passa a sensação de ser arrogante e de gostar de falar com a classe econômica alta, como também sua linguagem não é de fácil entendimento. Para os mais velhos, classes AB, o presidente não deseja falar para a população. Mencionam que ele quer ficar escondido, em seu canto”, diz o relatório do Instituto Análise, publicado pelo BuzzFeed.