Publicado 14/06/2017 12:23
Primeiro foi o jurista Miguel Reale, autor do pedido de impeachment que deu um golpe no mandato de Dilma Rousseff. Agora é a vez de do empresário Ricardo Semler, fundador da Semco Partners, que depois de quase 30 anos no PSDB informou que irá apresentar nesta quarta-feira sua carta de desfiliação.
Enquanto isso, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenta minimizar a decisão, afirmando que a legenda ainda pode abandonar sua pinguela.
“Sei que há muitas acusações [contra Temer], algumas quase evidentes, mas é preciso que haja o carimbo da Justiça para que possamos dizer: é verdade. A cada dia [surge] um rumor novo. Não posso guiar politicamente o partido em função de rumores”, disse.
“Acho também que tudo está condicionado ao que vier a acontecer. Havendo algum pronunciamento da Justiça não há o que defender… Espero que o partido seja capaz de entender esse momento. Se for verdadeiro o que está sendo dito [denúncias contra Temer], o partido não pode ficar no governo”, completou.
FHC tenta apresentar uma justificativa nobre para apoiar o governo, dizendo que “se formos embora pode complicar mais do que ajudar”.
“O que acontece quando um partido sai de repente? Cria mais dificuldades”, afirmou FHC, que desde a derrota nas urnas, em 2014, insuflou a campanha de ódio e da judicialização da política.