Theresa May segue com dificuldades para formar governo no Reino Unido

A primeira-ministra britânica, Theresa May, continua tendo dificuldades para reunir apoio suficiente de outros partidos a fim de formar um governo e garantir sua posição, depois do recente revés eleitoral.

Theresa May

Neste domingo (11), o Unionistas Democráticos (DUP) da Irlanda do Norte desmentiu as informações da véspera segundo as quais o Partido Conservador teria fechado o "esboço" de um acordo de coalizão com a legenda ultraconservadora, que detém dez assentos no Parlamento.

A líder do DUP, Arlene Foster, declarou que se encontrará com May na terça-feira, enquanto o gabinete da premiê afirma que ela vai "finalizar" um acordo na próxima semana.

Segundo o ministro da Defesa em exercício, Michael Fallon, um acordo não equivaleria a uma coalizão formal, e a legenda norte-irlandesa só apoiaria May nas "coisas grandes". Fallon acrescentou que o Brexit equivaleria a "uma nova parceria com a Europa".

Após o pleito antecipado de 8 de junho, com que May esperava fortalecer a própria posição para negociar o Brexit, faltam ao Partido Conservador oito assentos para a maioria parlamentar.

O posicionamento ultraconservador do DUP em questões como casamento homossexual e aborto levou mais de 600 mil signatários a apresentar uma petição objetando-se à "tentativa desesperada" da chefe de governo para permanecer no poder.

O ex-ministro das Finanças George Osborne declarou à emissora BBC que "Theresa May é uma dead woman walking": literalmente "mulher morta caminhando", a expressão descreve um condenado à morte se dirigindo à câmara de execução.

"A questão é só quanto tempo ela vai ficar no corredor da morte", completou Osborne, que foi jogado para escanteio por May em 2016, quando ela assumiu a chefia de governo de David Cameron.