Atos pelas diretas mobilizam centenas em Recife, Porto Alegre e SP
O movimento pelas eleições diretas mobilizou milhares de pessoas neste domingo (11), em São Paulo, Salvador, Recife e Porto Alegre. "Fora Temer" foi a palavra de ordem dos atos que também repudiou as reformas trabalhista e da Previdência.
Publicado 12/06/2017 12:24
Em Salvador, 100 mil pessoas ocuparam o Farol da Barra ao som de mais de 20 artistas e bandas, como Daniela Mercury e Margareth Menezes, além da banda BaianaSystem.
"O canto dessa cidade é pelas diretas", afirmou Daniela, durante a apresentação. Ela afirmou que o país vive um "estado de exceção" e que é preciso "iluminar a rua com democracia".
O ato contou ainda com a participação de diversas lideranças políticas como os deputados federais Alice Portugal, Daniel Almeida e Deivison Magalhães, do PCdoB, e a senadora Lídice da Mata (PSB-BA).
No Recife, o ato pelas Diretas reuniu milhares no Cais da Alfândega, no centro da capital pernambucana, até o fim da noite, com shows de Marco Polo, Fábio Trummer, Canibal, Beth de Oxum, Banda Rossi, Juliano Holanda, Roger de Renor, Mônica Feijó, Fred Zero Quatro e a Banda Rossi, dentre outros.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, cerca de 30 mil pessoas tomaram o Parque da Redenção para exigir a saída de Temer e a realização de eleições diretas. Artistas como Bagre e Ernesto Fagundes, Hique Gomez, Antônio Villeroy, Negras em Canto, Bebeto Alves, Nani Medeiros e Raul Elwanger participaram do evento.
Em São Paulo, o ato "Por diretas e por direitos" foi realizado no Largo do Arouche com a participação de artistas, intelectuais, lideranças políticas e dos movimentos sociais.
"Nos sentimos sub-representadas na política. Esse ato é para as mulheres terem fala própria, para dar visibilidade às mulheres, porque são as que mais vão sofrer com a agenda retrógrada e direitos", declarou a socióloga e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Esther Solano.
"Hoje, estar aqui nesse ato no Largo do Arouche, que foi palco de grandes manifestações no Brasil, é fundamental para dizer 'Diretas já' e por uma Constituinte que nos respeite. Somos 54% da população e as perdas de direitos caem sobre nós", afirmou Eleonora Menicucci, socióloga e ex-ministra de Política para as mulheres.