Calixto, da Nova Central: "Continuar lutando contra o desmonte da CLT"

"Faltaram apenas dois votos. Foi por muito pouco. Acho que podemos tirar por lição e nos empenharmos ainda mais no corpo a corpo com os senadores. Temos que ir na base de cada um dos parlamentares", ressaltou o presidente da Nova Central de Trabalhadores José Calixto Ramos sobre a aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

José Calixto , presidente da Nova Central - Nova Central

“Com esse posicionamento, a maioria dos senadores que integram a CAE mostra desprezo pelos anseios da classe trabalhadora e total falta de diálogo com o povo brasileiro, que já mostrou nas ruas sua insatisfação com as reformas defendidas pelo governo Temer”, destacou Calixto em nota divulgada no site da central.

O dirigente espera que nas comissões de Assuntos Sociais e de Constituição e Justiça, que são os próximos passos da tramitação do projeto, as coisas mudem. “Vamos intensificar as ações. Não vamos esmorecer. Temos que continuar a luta contra esse desmonte da CLT", diz.

O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que acumula a relatoria da CAE e CAS, será lido na próxima terça-feira (13), na Comissão de Assuntos Sociais. A postura do tucano tem sido de acelerar a tramitação evitando o acolhimento de emendas para que o texto não retorne à Câmara dos Deputados. Ferraço propõe a aprovação do texto aprovado na Câmara com veto a pontos polêmicos.

Confira a nota na íntegra

Brasília, 07 de junho de 2017 – A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) lamenta e repudia o parecer da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que seguiu a relatoria do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) favorável à Reforma Trabalhista, mantendo todo o conteúdo do texto aprovado pela Câmara. Com esse posicionamento, a maioria dos senadores que integram a CAE mostra desprezo pelos anseios da classe trabalhadora e total falta de diálogo com o povo brasileiro, que já mostrou nas ruas sua insatisfação com as reformas defendidas pelo governo Temer e seus apoiadores.

Toda a sociedade brasileira e os movimentos sociais e sindicais esperam agora que a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, para onde o texto deve seguir, tenha a sensibilidade de entender o quão prejudicial esta reforma é para os trabalhadores e as trabalhadoras. A única intenção desse projeto é rasgar a CLT e retirar direitos adquiridos durante anos de lutas.

O resultado de 14 votos contra 11 reafirma a necessidade da atuação dentro do Congresso Nacional e do diálogo com os parlamentares da base. Agradecemos os 11 parlamentares que votaram pela manutenção dos direitos dos trabalhadores, em especial aos senadores Paulo Paim (PT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que fizeram a leitura do voto em separado.

Que possamos renovar nosso espírito de luta e mobilização até que a proposta chegue à sua fase final no Senado, o plenário da Casa.

Por nenhum direito a menos!

José Calixto Ramos

Presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores