Greve Geral:Dirigentes sindicais criticam reformas e convocam unidade
A definição pelas centrais sindicais de uma data indicativa para uma nova greve geral tem movimentado sindicatos e federações. 30 de junho foi a data escolhida pelas entidades e deve ser referendada por sindicatos, federações e confederações de trabalhadores. A agenda das centrais, que envolve também mobilização no dia 20 de junho, protesta contra as reformas previdenciária e trabalhista.
Publicado 08/06/2017 14:15
A importância da mobilização dos trabalhadores para impedir o avanço das reformas foi o tema que predominou durante a posse nesta terça-feira (6) do dirigente Macaé Marcos Braz de Oliveira como coordenador da Força Sindical na baixada santista.
Macaé destacou a unidade dos trabalhadores e defendeu uma reforma tributária e que o governo federal cobre os devedores da Previdência Social. “Para isso acontecer, precisamos estar organizados e mobilizados, exercendo forte pressão sobre o governo”.
O secretário-geral estadual da Força Sindical e diretor do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Carlos Augusto dos Santos ‘Carlão’, também criticou as reformas. “Quem vota contra os trabalhadores não merece o nosso voto”, disse o sindicalista, referindo-se aos deputados federais e senadores que têm aprovado os projetos do governo.
Carlão defendeu o ‘fora Temer’ e as eleições ‘diretas já’.“Vamos fortalecer a greve de 30 de junho para derrubar esse governo golpista e ilegítimo, a serviço do grande capital, que se apossou do poder”, disse o metalúrgico.
Em paralelo à mobilização para a greve do dia 30, as centrais sindicais tem marcado presença em Brasília. Nesta semana, o presidente da Federação Estadual dos Frentistas (Fepospetro), Luiz Arraes, acompanhou a tramitação da reforma trabalhista no Senado e também participou do ato no aeroporto de Brasília para pressionar parlamentares pela rejeição das reformas.
“A pressão junto aos parlamentares tem mais peso agora que o presidente interino Michel Temer não tem mais o controle absoluto sobre a manutenção dessa absurda agenda de reformas”, analisou Arraes.
O calendário das centrais sindicais se intensifica rumo à mobilização para a greve indicativa de 30 de junho. A Fepospetro representa em São Paulo dezesseis sindicatos e cem mil trabalhadores.
Em Brasília, Arraes também participou de atividade na Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC) que teve a participação de representantes de redes varejistas, entre os quais do Atacadão, pertencente ao Carrefour, grupo que possui, em todo o Brasil, quase oitenta postos de combustíveis. Na pauta a mobilização contra as reformas.