Jabaquara greve geral
Na próxima semana, os metroviários se reúnem por setor para debater a adesão à greve. No dia 22 de junho haverá uma assembleia geral para encaminhar a decisão da categoria. Está prevista ainda para o dia 19 um encontro dos metroviários com os diversos segmentos dos transportes (rodoviários, condutores e ferroviários) para buscar unificação em torno do dia 30 assim como ocorreu nas paralisações de 15 de março e 28 de abril.
Segundo Fajardo, é consenso na diretoria do sindicato a adesão dos metroviários à greve e essa posição será defendida na assembleia. “É óbvio que é importante também um movimento dos outros segmentos dos transportes para fortalecer o movimento e é por isso que chamamos a reunião do dia 29”, explicou.
O dirigente apontou como um ponto positivo o não julgamento da greve pelo Tribunal Regional do Trabalho em, consequentemente, a não incidência de multa. Por outro lado, ele observa que os dias de greve descontados pelo metrô são uma dificuldade diante dos trabalhadores.
“Será o terceiro mês consecutivo que teremos descontado o dia da greve e o domingo, o que aconteceu no dia 15 de março e também no dia 28. É uma dificuldade mas confiamos em superar pela argumentação política e confiamos em decidir pela adesão ao movimento do dia 30”, afirmou o metroviário.
Na opinião de Fajardo, a nova greve precisa ser mais ampla que a do dia 28 e impactar na economia do país. “Pegar setores que não foram atingidos na greve anterior para que possa criar um impacto maior e tentar influenciar no Congresso Nacional. A greve aliada à toda a ação política em defesa dos direitos e pelo Fora Temer pode servir como elemento de pressão que impeça que as reformas sigam em frente”.
Ele reafirmou que os metroviários têm condições de aderir à greve geral. “A definição do dia 30 de junho traz a expectativa de que podemos fazer um movimento maior que o dia 28 de abril. Nós temos condições de parar e acreditamos que outros setores, mesmo com dificuldades que enfrentamos, também devem parar. O trabalhador está cada vez mais consciente dos prejuízos que trazem as reformas”, finalizou.