Síria: Coligação ocidental bate recorde de vítimas civis num mês
A coligação militar liderada pelos EUA matou o maior número de civis, num mês, desde que, em 2014, iniciou as suas operações na Síria, alegadamente para combater o Daesh. A informação foi revelada esta terça-feira pelo insuspeito Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Publicado 24/05/2017 17:17
De acordo com o OSDH, que se opõe ao governo de Damasco, entre 23 de Abril e 23 de Maio a coligação de forças militares liderada pelos Estados Unidos matou 225 civis – batendo o recorde de vítimas civis mortas num mês desde que iniciou as suas operações no país árabe, em 2014.
Na informação, divulgada esta terça-feira, refere-se que os ataques aéreos e bombardeamentos da chamada coligação internacional na Síria mataram, no total, 1481 pessoas, incluindo 319 crianças. O mês mais fatídico era, até ao momento, o período compreendido entre 23 de Fevereiro e 23 de Março, em que foram mortos 220 civis, informa a PressTV.
As ações da coligação internacional sempre careceram de apoio do governo sírio, que questionou a eficácia dos bombardeamentos e acusou os países envolvidos de violarem a sua soberania e integridade territorial.
O governo sírio não só não pediu ajuda aos governos ocidentais, como acusou os EUA, a França, o Reino Unido e os seus aliados regionais – em que se incluem a Arábia Saudita, o Catar, a Turquia e Israel – de terem ajudado a criar os grupos terroristas que operam no país, de os financiar e de lhes fornecer armamento.
Os militares norte-americanos admitiram que os ataques na Síria provocaram vítimas mortais entre a população civil, mas rejeitam os números avançados por outras fontes. De acordo com a coligação, os bombardeamentos terão morto «inadvertidamente» 352 civis desde o início da campanha.