Com repressão, aumento da Contribuição Previdenciária é aprovado no RJ
Os Servidores Públicos Estaduais do Rio de Janeiro contrários ao aumenta da contribuição da Previdenciária, sofreram forte repressão da Tropa de Choque da Polícia Militar durante manifestação ocorrida nesta quarta-feira (24) em frente à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Publicado 24/05/2017 18:13
Em meio à crise financeira que o Estado enfrenta, os deputados votaram nesta quarta-feira, o aumento de 11% para 14% na alíquota dos servidores estaduais que encontram-se com salário em dia. A medida faz parte de um pacote de austeridade ofertada pelo Governador Luiz Fernando Pezão (PMDB-RJ) que inclue também a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e mudanças no sistema do Bilhete Único.
Pezão já havia apresentado o projeto em 2016, com a justificativa de tentar conter a crise do estado. O projeto foi aprovado com 39 votos favoráveis e 26 contrários.
Logo após a aprovação do projeto, servidores tentaram entrar na Alerj quando foram impedidos pela Polícia Militar com tiros de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Na sequência, as ruas do centro do Rio transformaram-se em um cenário de guerra, sob o avanço da cavalaria. Os manifestantes seguiram para a região da Cinêlandia no final da tarde.
André Rosa, membro da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) lembrou que o próprio Ministério Público afirmou que a crise das contas do estado do Rio se deve aos crimes de corrupção. "Cabral já foi denunciado quase que pela décima vez. Colocou uma pontinha pra roubar em cada secretaria do estado do Rio de Janeiro. Os servidores e a população não podem pagar por esse rombo. Pois na hora em que eles não conseguirem tirar do servidor eles vão aumentar impostos, então é necessário o povo na rua lutando contra isso", afirmou.
A deputada Enfermeira Rejane, do PCdoB, assim como as bancadas do PSOL, PSDB, Rede, PSC votaram contra a elevação da aliquota.