Presos políticos palestinos recebe solidariedade no Brasil
Organizações sociais brasileiras, partidos políticos nacionais e movimentos palestinos no Brasil realizaram na última sexta-feira (19) na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), em São Paulo, reunião em que lançaram campanha em solidariedade aos prisioneiros palestinos em greve de fome em Israel.
Publicado 22/05/2017 13:59
Há mais de um mês, cerca de 1.500 presos políticos palestinos protestam contra maus tratos e desrespeito aos direitos humanos nos cárceres israelenses.
Os prisioneiros palestinos e movimentos sociais e políticos que os apoiam dirigem-se à comunidade internacional para exigir que Israel respeite seus direitos humanitários.
Os presos em greve de fome enviaram uma carta exigindo que o Conselho de Segurança da ONU pressione Israel para que cumpra com as demandas humanitárias nas prisões.
O documento foi entregue em 10 e maio na sede da ONU em Ramala, segundo confirmou às agências noticiosas internacionais Mustafá Barguti, membro do Comitê Executivo da Organização para a Liberdade da Palestina (OLP), que acrescentou que os presos estão à espera de uma reação.
“A carta é muito clara”, explicou Barguti. “Os presos pedem às Nações Unidas que tenham uma postura neste assunto para exigir de Israel medidas mais humanas em suas prisões e exerça pressão sobre o governo”.
Até agora, os representantes da OLP nas Nações Unidas se queixaram que Israel não respondeu às petições dos prisioneiros relativas a acabar com o uso de celas de isolamento, tortura, negligência médica, detenção administrativa, bem como acesso à educação, cuidado médico e visitas de familiares.
A representante da OLP nas Nações Unidas, Feda Abdelhady Naser, assegura que, segundo os presos, “se intensificaram os mau-tratos e o castigo coletivo nas prisões” desde que os detentos começaram seu protesto.
A greve de fome é liderada por Marwan Barguti, de 58 anos e que cumpre prisão perpétua.
Em solidariedade aos prisioneiros políticos palestinos em greve de fome, parlamentares brasileiros se pronunciarão no Congresso Nacional na próxima semana e circulará um manifesto aberto à adesão de personalidades, partidos políticos e movimentos sociais.
Participaram da reunião MST, CUT, Cebrapaz, PCdoB, PCB, UJC, PPL, Fepal, Comitê Democrático Palestino, Campo Progressista Palestino e Centro Cultural Palestino em SP.