Reformas: Trabalhadores denunciam medidas da Câmara contra protestos

Aconteceu na manhã de hoje (9), a votação dos 12 destaques que faltavam para a aprovação do texto final na comissão especial da reforma da Previdência (PEC 287/16). O texto-base do relator, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), foi aprovado na semana passada. 

Policiais fazem protesto contra reforma da previdencia

A sessão do dia 3, que analisava os destaques, foi interrompida na noite da última quarta-feira, quando agentes penitenciários ocuparam o plenário da comissão, em protesto contra a retirada da categoria da regra de aposentadoria especial dos policiais.

O presidente da comissão, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), ameaçou os profissionais da segurança, dizendo que “na marra, não vai”. A Câmara dos Deputados amanheceu cercada por grades em todos os acessos e com forte aparato policial, tanto da Polícia Legislativa quanto da PMDF.

 
Os policiais que tentam entrar na Casa Legislativa conversaram com o Portal CTB e informaram que a ordem partiu do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ). Para um dos líderes do movimento, o coordenador de mobilização, Jânio Bosco Gandra, dirigente da Cobrapol (Confederação Brasileira do Policiais Civis), disse que é um absurdo que, num processo político normal, um setor da sociedade seja impedido de conversar com os deputados numa Casa pública.
 
Jânio Gandra informa que a categoria não está mobilizada apenas sob a ótica das reinvindicações dos policiais, mas que são contra todo o conteúdo das reformas trabalhista e da Previdência. “Nós somos parte da sociedade brasileira e temos familiares que são trabalhadores de outras áreas e estas reformas atingem a toda classe trabalhadora”, informa o dirigente do movimento dos policiais.
 
O líder da Cobrapol informa ainda que os profissionais da segurança vão aderir à agenda convocada pelas centrais sindicais, o movimento #OcupeBrasília, e avisam que pretendem ser a vanguarda nas manifestações. “Nós somos a linha de frente. Vamos trazer os policiais e agentes penitenciários. Vamos ocupar Brasília, sim. E se houver confronto, estaremos na linha de frente”, garantiu Gandra.