Argentina marcha pelas vítimas da última ditadura militar
Milhares de argentinos se concentraram na Praça de Maio, símbolo de tantas lutas, no Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, que presta homenagem às vítimas da última ditadura militar (1976-1983).
Publicado 25/03/2017 13:45
Há 41 anos do Golpe de Estado de 1976, que iniciou um dos capítulos mais tristes e obscuros desta nação austral, agrupamentos de direitos humanos como as Avós da Praça de Maio e as Mães da Praça de Maio – Linha Fundadora, lideram esta tradicional mobilização.
Uma homenagem estendida de ponta a ponta neste país que a cada 24 de março se une em um só coração para recordar os 30 mil desaparecidos.
Segundo o previsto, a marcha iniciará às 13:00 horas local a partir da avenida de Maio e 9 de Julho, onde se concentrarão organizações como Familiares de Detentos e Desaparecidos por Razões Políticas e H.I.J.O.S.
Também estarão grupos sindicais, políticos e estudantis, que confluirão três horas depois na praça onde se espera a leitura de um documento sobre a situação atual dos direitos humanos no país.
Ontem, ao tomar a palavra na tradicional rodada das quintas-feiras nesse emblemático local, a alguns passos da Casa Rosada, sede do Executivo, a presidenta da organização Avós da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, anunciou que hoje partirão a bordo de um caminhão, acompanhadas de vários dos sindicatos mais ativos que fazem frente às políticas do atual Governo.
Além disso, agradeceu a resposta daqueles que trouxeram centenas de silhuetas que confeccionaram em toda a nação para ornamentar o local, onde ecoará um lema: 'Nossos filhos são vocês'.
Em várias partes se realizarão concentrações. Na província de Córdoba, por exemplo, terá atividades no Arquivo Provincial da Memória, no Espaço para a Memória La Perla e no Campo de la Ribera.