Mídia discursa contra atos, mas população é contra reformas de Temer
O discurso de criminalização da mídia contra os movimentos sociais de que greves, paralisações e atos só prejudicam o trabalhador não colou. Em diversos veículos, as transmissões ao vivo ou reportagens sobras as paralisações são marcadas por palavras como "transtornos", "prejudicados", "fracasso" e "direito tolido".
Publicado 15/03/2017 10:43
Em reportagem ao vivo do Café com Jornal, da Band, o apresentador, ao se referir à paralisação, diz: "É natural que as pessoas fiquem revoltadas quando tem a sua liberdade tolida como a gente tá vendo".
É claro que uma paralisação como esse tem efeitos diretos na rotina do trabalhador. Mas quando esses trabalhadores são questionados se são contra ou a favor da reforma, a resposta é enfática. "Se o governo quer tirar conquistas dos trabalhadores, sou a favor de que parem mesmo", disse conferente Erik Costa Santos, em entrevista ao site UOL, sobre o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação contra a reforma da Previdência proposta pelo governo de Michel Temer.
"Não acho viável ter que contribuir 49 anos para poder me aposentar. Querem que eu apresente certidão de óbito para pleitear a aposentadoria?", disse a analista de sistemas Isabel Trajano.
Nas redes sociais, as hastags #QueroMeAposentar e #totalmentecontra viralizaram. "Não é Reforma é o fim da Previdência, disse a enfermeira Val Rocha, de Tupã (SP).
"Eu não quero morrer trabalhando", disse Thalita Sejanes.
Maxwell Robert, de Governador Valadares, postou: "Eu sou contra a Reforma da Previdência Social. Como educador tenho obrigação em lutar pelos direitos de todos nós. Principalmente por vocês alunos".