Prefeitura de Fortaleza e servidores da saúde negociam reivindicações
A reunião da mesa central de negociação do município, realizada na última quarta-feira (22), só serviu pra gestão tentar justificar as perdas de direitos já concretizadas por decreto. O encontro durou mais de três horas e reuniu representantes de vários sindicatos e associações representativas dos servidores de Fortaleza.
Publicado 23/02/2017 11:12 | Editado 04/03/2020 16:23

Na pauta, a regulamentação da lei do assédio moral, que deve ser regulamentada a partir de discussões envolvendo representantes da gestão e dos trabalhadores, que serão indicados pelos sindicatos e associações representativas da categoria.
Mas o assunto de maior interesse dos servidores não estava na pauta. Coube a Marta Brandão, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (Sindasúde), a iniciar a discussão sobre o reajuste salarial dos servidores de Fortaleza.
O coordenador da mesa e secretário da administração do município, Felipe Nórdiga, afirmou que esse assunto só deverá ser tratado em maio, não deixando nenhuma garantia de reposição salarial para cobrir as perdas com a inflação dos servidores. Além de não oferecer nada para os servidores, o representante da Prefeitura usou o tempo da reunião para tentar justificar a perda de direitos e os cortes que estão sendo realizados para reduzir as despesas do município, o que causou indignação às lideranças sindicais presentes.
Marta Brandão considera “um absurdo” que a Prefeitura, por decreto, retire direitos dos trabalhadores, como a licença prêmio e licença especial, suspensas por até três anos (Decreto 13.960 de 2017) e o fim do auxílio alimentação para quem ganha mais de R$ 6.000,00 (Decreto 13.958 de 2017), e agora venha chamar os representantes da categoria para se explicar. “A Prefeitura está alinhada ao governo federal golpista e nós precisamos resistir. Não vamos aceitar mais perdas de direitos”, afirmou.
Diante desse resultado, o Sindsaúde agendou para esta quinta-feira (23), às 15 horas, no auditório da entidade, uma reunião com sindicatos e associações representativas dos servidores municipais para definir os rumos da luta dos servidores contra a retirada de direitos e em defesa da reposição salarial.