Grécia se nega a cumprir exigências do FMI
O governo grego se negou hoje a cumprir exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) de aplicar medidas preventivas depois do resgate da dívida, medidas consideradas ilógicas pelo país.
Publicado 08/02/2017 18:47
Na coletiva semanal de imprensa do Governo, o porta-voz Dimitris Tsanakópulos confirmou que seu país implementa os compromissos do programa de resgate e não cederá perante as imposições do FMI.
No entanto, Tsanakópulos se mostrou otimista de que o Eurogrupo consiga um acordo nas negociações para a segunda avaliação do programa de resgate, e agregou que todas as partes demonstraram sua vontade de tomar iniciativas para realizar e concluir a avaliação.
As declarações de Tsanakópulos foram em resposta aos resultados da análise que o FMI realizou na jornada anterior sobre a necessidade 'de aliviar o peso da dívida grega para garantir sua viabilidade'.
O documento do FMI mostra divergências entre seus integrantes, enquanto alguns defendem um excedente primário na Grécia (fora a dívida) de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), outros consideram possível só 1,5%.
Há meses o fundo pede que a Grécia faça mudanças e novos reajustes para cortar nas áreas de emprego e energia, além de alcançar as metas de superávit quando a linha de crédito chegar a seu prazo em 2018.
Mas o executivo grego defende sua posição nos temas de emprego e metas fiscais, e seu objetivo é negociar a redução da meta de superávit primário dos 3,5% que os credores querem para 2,5% do PIB.