Publicado 05/02/2017 11:39

O cantor foi um dos artistas que mais se engajou na oposição ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele sustenta que a deposição foi ilegal e diz que não vê chances de o país melhorar sob o governo do presidente Michel Temer.
"Eu acho engraçado que o Temer fala pouco e fala devagar, calculado… e só diz besteira! Como é que pode?"
Martinho disse também durante a entrevista considerar a inclusão racial a mais importante conquista obtida durante os anos em que o PT esteve no governo deferal.
O cantor e compositor falou ainda sobre o Carnaval e a essencia do artista.
"Artista tem que fazer arte" e não compor "pensando em política". "A música sempre foi usada nas transformações do mundo, mas não sobrevive se é panfletária. As músicas do Chico [Buarque], por exemplo, serviram à luta contra a ditadura, mas não foram feitas só para isso. A questão [da ditadura] transpareceu naturalmente na obra porque era algo presente na vida dele."
"Escrevo sobre o que está à minha volta", diz o cantor que acredita que por isso suas músicas reflitam temas como racismo, intolerância religiosa, os papéis do homem e da mulher e etc. Segundo ele, estas questões entram em seu repertório não de uma forma premeditada, mas por estarem presentes sempre entre as suas preocupações cotidianas em relação a nossa sociedade.