Grécia descarta aplicar novas medidas de austeridade
O premiê grego, Alexis Tsipras, descartou a aplicação de novas medidas de austeridade apesar das mudanças na participação do FMI no resgate econômico do país, publica, nesta quinta-feira (26), o diário Efimerida ton Syntaktón.
Publicado 26/01/2017 11:55
O Fundo Monetário Internacional (FMI) condicionou sua participação no terceiro resgate econômico do país grego à aprovação de medidas adicionais em caso de não atingir o superávit primário de 3,5 por cento do Produto Interno Bruto a partir de 2018.
As demandas do fundo em aprovar legislações para casos de eventuais descumprimento são alheias à Constituição grega, às regras da democracia e ao acervo comunitário, considerou Tsipras, e agregou que a Grécia não se propõe a estabelecer nem um único euro para além do disposto no acordo.
Ainda que na segunda-feira o Mecanismo Europeu de Estabilidade (Mede) e o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (Feef) aprovaram as normas para o alívio no curto prazo da dívida da Grécia, existe incerteza pelo curso da reunião que sustentará com o Eurogrupo nesta sexta-feira (27), onde se analisará o estado da segunda avaliação do resgate.
Desde dezembro o país sustenta conversas com os credores sobre a revisão das reformas fiscais para incrementar as medidas de austeridade (estas têm alcance social negativo) no país a mudança de um resgate financeiro multimilionário.
As mudanças que solicitam os credores a Atenas, se concentram nas áreas de emprego, energia, e nas metas de superávit quando expire a linha de crédito em 2018.
Diante dessa pretensão, o Governo reiterou que sua posição é de repúdio nos temas da ocupação e nas metas fiscais, e que aspiram a negociar a diminuição do objetivo de superávit primário do 3,5 por cento pretendido pelos credores, ao 2,5 por cento do PIB.