Temer aprofunda recessão e comércio cai em janeiro
Levantamento divulgado nesta quarta-feira (18), pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que a depressão econômica provocada por Michel Temer e Henrique Meirelles rebaixou para 76,2 pontos a intenção de consumo das famílias em janeiro.
Publicado 18/01/2017 15:56
O estudo da CNC tem escala de 0 a 200. Abaixo dos 100 pontos, resultado ainda indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes. Número também apresenta uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Dois componentes relevantes ligados ao consumo, o Nível de Consumo Atual e o Momento para Duráveis, apresentam a menor pontuação do mês, com 52,5 pontos cada, numa escala de 0 a 200. Já o item Nível de Consumo Atual teve aumento de 1,7% em relação ao mês anterior e queda de 5% na comparação com janeiro de 2016.
A maior parte das famílias, 61%, declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado. Já o item Momento para Duráveis cresceu respectivamente 3,2% e 8,4%, nas variações mensal e anual. Do total das famílias, 70,6% consideram o momento atual desfavorável para a aquisição de duráveis. O terceiro componente, Compra a Prazo, ficou com 66,8 pontos – uma redução de 0,8% na comparação mensal e 11,9% na anual.
"A queda do número de trabalhadores com carteira assinada, a menor massa de rendimento e a alta taxa de juros contribuem para o recuo na venda de itens não essenciais como bens duráveis e semiduráveis. O consumidor está cauteloso, evitando criar dívidas", afirma a assessora econômica da Confederação, Juliana Serapio.
Em relação às perspectivas de mercado de trabalho, houve redução de 0,6% em relação a dezembro de 2016. Na comparação com o mesmo período do ano passado, também ocorreu um declínio de 0,4%. O índice registrou 99,9 pontos, o segundo melhor desempenho do mês. Apesar do resultado, quase metade das famílias (45,1%) considera negativo o cenário para os próximos seis meses. Com 66,6 pontos, a Perspectiva de Consumo cresceu tanto na comparação mensal (0,7%) como na anual (7,3%).