Decisão do STF pode destruir setor público e penalizar trabalhador
Está marcado para o dia 1º de fevereiro o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 22238 que impede, através de medida cautelar, a redução de jornada e de salários dos servidores públicos do estado do Rio de Janeiro. De acordo com o advogado do PCdoB Paulo Machado Guimarães, a cassação da ADI agrada ao governo Temer, porém para as políticas públicas e os trabalhadores terá efeito devastador. O ministro Teori Zavascki é o atual relator da ação.
por Railídia Carvalho
Publicado 17/01/2017 20:20
Segundo informações veiculadas na imprensa, o governo de Michel Temer coloca como contrapartida para a negociação da dívida do Rio de Janeiro a redução da jornada e dos salários do servidor daquele estado.
Machado, que fará a sustentação oral do PCdoB no dia do julgamento, reiterou que enquanto estiver vigorando a decisão anterior do STF, suspendendo a possibilidade de redução temporária de jornada e salários, não é possível acordo nas bases que querem Michel Temer e o governador do Estado do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).
“A orientação é que sejam construídos fóruns estaduais para que seja construída a resistência para enfrentar a destruição do serviço público, o que vai precarizar ainda mais a prestação do serviço para a população, principalmente a mais carente”, completou o dirigente.
“Na atual conjuntura, portanto, afigura-se relevante manter a atenção sobre o julgamento da ADI 22238 e as que lhe estão apensadas, tendo em vista que a Advocacia Geral da União (AGU), representando os interesses da atual Presidência da República, tende a trabalhar no sentido de que a ADI seja julgada improcedente, em especial no que se refere à impugnação dos §§ 1º e 2º do art. 23 da LC 101/2000”, reforçou Machado.