Nicolás Maduro anuncia extensão de Decreto de Emergência Econômica
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo (15) a extensão do Decreto de Emergência Econômica em 2017, com o objetivo de manter a estabilidade econômica e produtiva do país. A declaração foi feita ante o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça), e não na AN (Assembleia Nacional), como dita a constituição do país, por considerar que a AN está em desacato.
Publicado 16/01/2017 09:27
Nesta segunda-feira (16) “será publicado em gazeta oficial o primeiro decreto de emergência extraordinária deste ano; o Decreto de Emergência Econômica para continuar avançando na luta contra a crise, para não seguir dependendo da Assembleia Nacional nem de ninguém”, disse.
Para Maduro, a culpa pela crise econômica no país pode ser atribuída aos Estados Unidos e à “oligarquia venezuelana”, com uma “intensificação do ataque ao poder por parte da oligarquia” durante o ano passado.
“Este ano nos defendemos com pouco mais de 5 bilhões de dólares e não fechamos nenhuma escola nem despedimos nenhum trabalhador”, afirmou Maduro, que ainda declarou que a Venezuela pagou 60 bilhões de dólares para cumprir compromissos internacionais.
A Assembleia Nacional está considerado em desacato pelo TSJ desde setembro do ano passado, por juramentar três deputados do Estado do Amazonas cuja eleição em 6 de dezembro de 2015 foi impugnada devido a supostas irregularidades eleitorais, contrariando a sentença da corte que anulou a eleição neste Estado até que as investigações fossem concluídas.
Em sua mensagem anual, Maduro criticou a oposição, dizendo que “os que hoje assumiram a Assembleia Nacional continuam em desacato, atuando à margem da Constituição, violando o espírito e letra da nossa Constituição. Eu, presidente trabalhador, estou exercendo ativa e totalmente todas as minhas obrigações constitucionais”, declarou o presidente, e ainda prometeu que “haverá justiça diante de tanto desacato e diante de tanta conspiração”.