“A paz só é possível se há justiça para todos”, diz Flávio Dino
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), participou nesta sexta-feira (19) da abertura do Congresso do Conselho Mundial da Paz que reúne pacifistas de mais de 40 países na capital do estado, São Luís. Ao sediar este evento, a cidade fica mundialmente conhecida como uma “Capital da Paz”.
Por Mariana Serafini, de São Luís
Publicado 18/11/2016 12:11
Flávio deu as boas-vindas aos participantes e falou sobre os desafios de seu projeto político que busca diminuir as desigualdades sociais e regionais no Maranhão, considerado um dos estados mais desiguais do país. “Lideramos uma frente político que procura fomentar o espírito responsável por trazer todos vocês à nossa cidade, o espírito de que só é possível um mundo em paz quando há justiça para todos. A justiça é a mãe e a irmã da paz e é por isso que nós procuramos representar este projeto político com uma ampla frente que une partidos de várias vertentes”.
Em 2014, Flávio Dino foi eleito governador do Maranhão em uma coalizão política que incorpora diversos partidos a fim de combater as décadas de coronelismo do governo de José Sarney (PMDB).
O governador explicou aos participantes que os princípios de paz e boa convivência são responsáveis por nortear este projeto político. “[Portanto] consideramos que o nosso estado vive um momento que nos permite contribuir, aqui desta nossa porção territorial do mundo, para que estes valores sejam vitoriosos”.
“Nós procuramos representar estas ideias generosas, as ideias de justiça e igualdade que ultrapassam as noções de intolerância, de ódio e de medo. Por isso consideramos que este encontro se situa plenamente nos objetivos do nosso governo”, finalizou o governador.
Conselho Mundial da Paz
Esta é a primeira vez que o Congresso do Conselho Mundial da Paz acontece no Brasil. A presidenta, Socorro Gomes, deu início à mesa de trabalhos que segue até domingo (20), quando os participantes irão emitir uma resolução para nortear a luta pela paz nos próximos três anos.
Para Socorro, a união entre os movimentos que integram o Conselho Mundial da Paz é fundamental para “a promoção da luta unitária pela paz, pela justiça, pela soberania popular e nacional, pelo progresso comum e por um mundo livre do colonialismo, da ocupação, da opressão, da exploração, do imperialismo e da guerra”.
“O Conselho Mundial da Paz está chamado a desempenhar importante papel na atual situação mundial em que desperta a consciência dos povos. Como assinalamos, desde a sua fundação, o CMP é uma organização ampla, de convergência de todos os que lutam contra a guerra, as armas nucleares, a militarização, o intervencionismo e as violações dos direitos dos povos e nações”, afirmou a presidenta.
Ao final, Socorro fez votos de que os três dias de trabalho sirvam como impulso para fortalecer o Conselho Mundial da Paz e os movimentos pela paz e pela solidariedade entre os povos do mundo.