Presidente da Colômbia propõe implementar acordo de paz pelo Congresso

O acordo de paz firmado com as Farc no dia 26 de setembro sob a aprovação da ONU e de dezena de países e órgãos internacionais foi recusado pela população em referendo realizado no dia 2 de outubro. Com isso, os negociadores tanto do governo, quanto da guerrilha, voltaram à mesa de diálogo em Havana para fazer ajustes no documento. Desta vez a oposição, encabeçada por Álvaro Uribe e responsável pela campanha contra o acordo, também ganhou o direito de participar dos debates e fazer suas exigências.

Este novo documento, que será resultado deste diálogo, deverá ser implementado através do Congresso. Setores progressistas do país e líderes políticos de outras nações defendem que desde o início o acordo não precisava ter sido colocado em votação, tendo em vista que a busca da paz com as Farc foi uma das principais propostas da campanha presidencial de Santos.

“Conseguimos avançar e num futuro muito próximo teremos um acordo. Eu o implementarei através do Congresso”, garantiu o presidente em coletiva de imprensa no Reino Unido.

Na semana passada o governo estabeleceu uma nova mesa de diálogo, desta vez com o ELN (Exército de Libertação Nacional) que também busca firmar um acordo de paz. Os Diálogos de Paz com as Farc duraram mais de 5 anos e foram realizados em Havana por questões de segurança. Agora as reuniões acontecem em Quito, no Equador, e algumas audiências poderão se passar em Brasília.

Depois de estabelecer um acordo de paz com ELN, o governo da de Juan Manuel Santos terá conseguido dar fim ao conflito que dura mais de 50 anos, considerado o mais longo do ocidente.