Líderes de oposição e movimentos sociais se unem contra PEC 241
O Plenário da Câmara dos Deputados tem sessão nesta terça-feira (25) para votar o segundo turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que congela os gatos públicos por 20 anos. Desde ontem (24), parlamentares da oposição e representantes dos movimentos sociais se articulam para tentar evitar a aprovação da matéria. Eles montaram uma agenda de mobilização contra a PEC, que retira recursos de áreas sociais, como saúde e educação e privilegia pagamento de juros aos bancos.
Publicado 25/10/2016 10:44
Aprovada em primeiro turno no dia 11 deste mês, a PEC precisa passar por uma segunda votação no plenário da Câmara e, se aprovada, segue para análise do Senado. Na Casa revisora, a previsão é que seja votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no dia 9 de novembro. No plenário, o primeiro turno de votação deve ocorrer no dia 29 de novembro e o segundo, em 13 de dezembro.
A líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou que, “de agora até essas votações no Senado, haverá tempo maior que na Câmara para debater a proposta e fazer a sociedade entender o retrocesso que ela representa”.
Para a deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), presidenta nacional do PCdoB e da Frente Nacional em Defesa da Democracia, a PEC representa um projeto imposto sem o crivo do voto, que estabelece o “Estado mínimo para o povo e máximo para banqueiro”. Para a deputada, é importante levar a população a entender as consequências dessa mudança.
Guinada à direita
Na reunião de líderes da oposição e representantes dos movimentos sociais, nesta segunda-feira, foi ressaltada que a PEC 241 é apenas o início da guinada à direta na sociedade brasileira, e será seguida por outras medidas injustas, como a reforma da previdência e a trabalhista.
Além das manifestações de rua, representantes dos movimentos sociais estão percorrendo os gabinetes dos deputados para pressionar os parlamentares a votarem contra a proposta. No corpo-a-corpo com os deputados, eles destacam que a proposta do governo ilegítimo de Michel Temer vai representar a perda de bilhões de reais em saúde, educação, previdência social, cultura, segurança e outras áreas do Orçamento da União.