Assessores do PSDB recebiam propina da máfia da merenda na Alesp
Os pontos de encontro para a o pagamento de propinas da chamada máfia da merenda era a própria Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ex-assessores do presidente da Casa, Fernando Capez (PSDB), recebiam a propina até mesmo no restaurante da Alesp. Segundo o delator, o valor combinado para os ex-assessores era de R$ 200 mil. Outros R$ 400 mil seriam para a campanha do deputado tucano.
Publicado 19/10/2016 16:50
As informações são do depoimento do delator Marcel Ferreira Julio, depoimento do principal delator da Operação Alba Branca ao Tribunal de Justiça, obtido pela Folha de S. Paulo.
As informações são do depoimento do delator Marcel Ferreira Julio, depoimento do principal delator da Operação Alba Branca ao Tribunal de Justiça, obtido pela Folha de S. Paulo.
Os pagamentos aos ex-assessores do deputado do PSDB, Jéter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos, eram feitos em dinheiro vivo durante 2015.
De acordo com investigação da Operação Alba Branca, as fraudes e desvios na merenda do Estado aconteciam por meio de contratos entre a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), prefeituras e a Secretaria da Educação do governo Geraldo Alckmin (PSDB). Dois contratos para entrega de R$ 11,4 milhões em suco de laranja são investigados.
Tucano nega envolvimento
Capez afirmou, por meio de nota à Folha, que "repudia com indignação a tentativa de envolver seu nome" com a máfia da merenda. Ele afirma que seu nome foi por terceiros para obter o dinheiro.
Sem comida na ocupação de estudantes
O presidente da Alesp, Fernando Capez negou a entrada a entrada de alimentos para os estudantes que ocupavam a Assembleia de São Paulo (Alesp), justamente pela abertura da CPI da Máfia da Merenda. Após dias de ocupação pelos estudantes, a CPI foi, enfim, aberta.