Rússia e China fortalecem cooperação contra hegemonia dos EUA
O presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês Xi Jinping discutiram a respeito da situação na Síria. A parte russa informou sobre o curso dos eventos no país, informou o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, após a reunião entre os dois líderes na cúpula do Brics, na cidade indiana de Goa.
Publicado 17/10/2016 13:57
Segundo ele, "foi destacada a proximidade das posturas russa e chinesa quanto aos problemas internacionais". Na opinião do cientista político iraniano, Abdoulkarim Firouzkalaei, a criação de uma nova aliança entre Moscou e Pequim causa grandes mudanças no palco internacional criando um novo desafio contra os EUA.
A Rússia respondeu com contramedidas às sanções impostas pelos EUA e UE como medidas de caráter econômico e diplomático. Em entrevista à Sputnik Persa, Firouzkalaei contou que após a primeira rodada de sanções antirrussas do Ocidente, Vladimir Putin advertiu a Europa que não permitirá que ações contra a Rússia fiquem sem resposta.
"O líder russo assinou decreto que introduz medidas de resposta – proibição de importações dos países que adotaram sanções contra a Rússia", afirma Firouzkalaei.
Segundo ele, "uma das principais contramedidas por parte da Rússia é a ampliação das relações com a China", principalmente na área de energia, comércio e militar.
No momento, a China está negociando a compra de componentes eletrônicos russos que serão usados em voos tripulados. A Rússia e a China desenvolvem novos aviões e armamentos.
Em especial, são destacadas as tecnologias chinesas na área de energia atômica e a experiência russa na criação de sistemas de defesa antimíssil.
Firouzkalaei acredita que as sanções antirrussas até "contribuem para ampliação dos laços russo-chineses". "A cooperação pode ser realizada tento no âmbito de entidades regionais, como internacionais, por exemplo, através da Organização de Xangai de Cooperação (OCX) ou do Brics", frisa.
Ele conclui que a "cooperação russo-chinesa e dos países-parceiros independentes cria uma base fundamental para uma nova união que possa resistir aos EUA".