ONU: Portugal tem política de drogas considerada sucesso
A afirmação é do embaixador português em Viena, Pedro Moitinho de Almeida, que fez uma apresentação durante reunião na sede da ONU, em Nova York, que deu seguimento à sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas.
Por Laura Gelbert, da Rádio ONU
Publicado 07/10/2016 13:10
A Missão Permanente de Portugal e o Escritório da ONU sobre Drogas e Crime, Unodc, organizaram um reunião que deu seguimento à sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre o Problema Mundial das Drogas.
No encontro, realizado em abril na sede da ONU em Nova York, autoridades de todo o mundo abordaram questões como a produção, o tráfico e as políticas de dos governos para abordar a questão.
Portugal
O embaixador de Portugal em Viena, Pedro Moitinho de Almeida, foi nomeado facilitador dos trabalhos após a adoção de um documento na sessão especial do Assembleia Geral. Em Nova York para a apresentação desta quarta-feira (5), ele falou à Rádio ONU sobre a política de drogas de seu país e cooperação com outras nações de língua portuguesa.
"Portugal tem uma política de drogas considerada um sucesso e que tem vindo a ter resultados muito positivos na diminuição de infeções pelo HIV, do consumo por jovens. Queremos com essa nossa participação ativa demostrar que essa nossa experiência tem dado resultados. Temos também uma cooperação muito estreita nessa área, as entidades em Lisboa que tratam dessa matéria têm reuniões muito regulares com todos os seus parceiros nos diferentes países de língua portuguesa."
Implementação
Na sessão especial em abril foi aprovado um documento pelos Estados-membros da ONU reafirmando o compromisso e objetivos da comunidade internacional sobre a questão.
O embaixador falou ainda sobre o informe que fez aos Estados-membros nesta quarta-feira em Nova York.
"O documento de Viena está dividido em sete capítulos, vai haver sete sessões em que vamos abordar as temáticas que estão em cada um desses capítulos, como direitos humanos, questões de saúde, questões judiciais, questões legais, mas sobretudo o objetivo principal, e essa é uma recomendação, para que o documento seja implementado e não seja guardado numa gaveta e esquecido."
Segundo o embaixador, haverá uma série de reuniões sobre o tema na capital austríaca em outubro.