Aracaju pode voltar a ser a capital da melhor qualidade de vida
Os quase 400 mil eleitores de Aracaju comparecerão às urnas no próximo domingo, 2 de outubro, para escolher entre sete candidatos à prefeitura. Duas mulheres, dois ex-prefeitos, um vereador e um deputado federal entram na disputa pelo executivo da capital sergipana. O atual prefeito também tenta reeleição.
Publicado 29/09/2016 19:06
Os sete candidatos à prefeitura de Aracaju são: Dr. Emerson (Rede); Edvaldo Nogueira (PCdoB); João Alves (DEM); João Tarantella (PMN); Sônia Meire (Psol); Valadares Filho (PSB); Vera Lúcia (PSTU).
Recentes pesquisas de opinião apontam o primeiro lugar na disputa para o candidato Edvaldo Nogueira (PCdoB), que já foi prefeito da cidade. A sua candidatura representa a possibilidade de derrotar a candidatura à reeleição do prefeito atual, João Alves (DEM).
Perfil
Edvaldo estudou medicina, trabalhou no Hospital Cirurgia na equipe de cardiologista e começou sua carreira política no movimento estudantil. Foi eleito vereador da capital por dois mandatos e agora disputa novamente o cargo de prefeito na capital sergipana pela coligação “Pra Aracaju ter qualidade de vida”.
Ele construiu uma frente ampla, composta por oito partidos (PCdoB /PT/ PSD / PRP / PMDB / PTdoB / PTN / PRB). Na vaga para vice-prefeita da chapa está a fotógrafa Eliane Aquino, do PT.
Edvaldo foi vice-prefeito, por dois mandatos seguidos tendo à frente o prefeito Marcelo Déda (PT) – em 2000 e 2004. Com a renúncia de Marcelo Déda, para disputar o governo do estado, Edvaldo assumiu a prefeitura. Em 2008, ele foi reeleito prefeito. Administrou a cidade de março de 2006 a dezembro de 2012.
Ao Portal Vermelho, Edvaldo Nogueira comentou sobre o projeto político do PCdoB à capital de Sergipe. Para ele, o desenvolvimento da cidade que ostentava os melhores índices de qualidade de vida foi ceifado pela atual administração de João Alves. "Hoje há um movimento para derrotar o projeto liderado pelo DEM que tem dificultado a vida do povo".
Para Edvaldo, foi preciso "construir uma frente ampla" em torno de uma candidatura que retome o progresso, o desenvolvimento e a qualidade de vida do povo”, afirmou. “Derrotar o projeto que tem dificultado a vida do povo e fazer Aracaju retomar o caminho do desenvolvimento” é o principal objetivo da chapa.
Apoio
O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), é um grande apoiador da candidatura de Edvaldo Nogueira (PCdoB) para a prefeitura de Aracaju. Ele esteve presente no ato de lançamento da campanha em agosto deste ano. (foto principal)
Segundo o jornal, Folha de S.Paulo, a capital sergipana é a única do país em que PT e PMDB dividirão a mesma chapa. “Mesmo filiado ao PMDB, o governador Jackson Barreto posicionou-se contra o impeachment de Dilma e tem feito críticas ao governo Temer”, lembra o periódico.
Capital de Sergipe
Com 161 anos completados em março deste ano, Aracaju foi pensada com planejamento urbano. É apontada como a capital com menor desigualdade do Nordeste Brasileiro e a cidade que tem a população com hábitos mais saudáveis do país. A cidade tem ciclovias e uma grande orla no centro da cidade. Além da rica cultura, das festas populares, da gastronomia, a bela cidade abriga praias lindíssimas no seu extenso litoral.
Estimativas de 2016 apontam que pouco mais de 641 mil pessoas moram na cidade e estão distribuídas em 181,8 km².
De acordo com os dados de 2010,Aracaju tem o maior eleitorado de Sergipe, com cerca de 380 mil eleitores. Por isso, se um candidato não atingir a maioria dos votos válidos, de acordo com a legislação brasileira, haverá segundo turno na eleição para prefeito da cidade em 30 de outubro.
Debate entre candidatos
Na noite desta quinta-feira (29) a Rede Globo realiza debate entre os candidatos à prefeitura em Aracaju. O encontro será realizado no prédio da TV Sergipe e será transmitido pela emissora e também pelo G1 logo após às 22 horas.
O debate reúne os candidatos registrados para o pleito de 2 de outubro e que têm representação na Câmara Federal. O atual prefeito, João Alves (DEM), já avisou que não comparecerá no debate e alegou incompatibilidade de agendas.