New York Times pede que eleitores repudiem Donald Trump

Chegou o momento dos indecisos e talvez aqueles que esperam uma mudança dramática na política norte-americana analisarem bem as supostas virtudes de Trump, porque se derem seu voto sofrerão as consequências de entregar a Casa Branca a um homem mais interessado em si mesmo que no bem-estar do país, agrega o jornal.

Apesar das riquezas que possui, o Trump tem um histórico repleto de bancarrotas e empresas superficiais como a Universidade Trump, que as autoridades investigam depois de várias reclamações de fraude.

Segundo o Times, o candidato republicano não tem experiência em matéria de segurança nacional, no entanto, insiste que está preparando um plano para derrotar de maneira decisiva o Estado Islâmico, ainda que se negue a dar detalhes, com o pretexto de que "não se deve dar informações ao inimigo".

Há 15 meses, assim que começou sua campanha, atacou os mexicanos, acusando-os de "estupradores que inundam toda a fronteira sul" dos Estados Unidos.

Trump fechar total e completamente o país contra a entrada de muçulmanos, deportar 11 milhões de trabalhadores sem documentos, bem como a construção de um muro na fronteira com o México, a ser pago pelo governo estadunidense, explica o texto.

"Trump sempre deixa claro em seus discursos que seu coração está com os anti-imigrantes e os racistas, a quem manipula para construir suas bases políticas", acrescenta.

O NYT cita uma pesquisa da emissora de televisão NBC News, que aponta 117 mudanças de política em 20 temas que abordou desde desde que começou suas atividades eleitorais, incluindo três visões contraditórias em um período de oito horas sobre o aborto.

Em outro editorial publicado ontem, o NYT exortou os eleitores estadunidenses a votarem na candidata democrata Hillary Clinton considerando seu perfil, gestões, programas e ideias, ao mesmo tempo que define Trump como "o pior candidato de um dos principais partidos na história moderna dos Estados Unidos".

Outro jornal, além disso, expressou seu apoio à ex-secretária de Estado, por considerá-la uma funcionária pública pública de experiência e profundos conhecimentos.

O jornal californiano Los Angeles Times, em 23 de setembro, repudiou a figura do candidato republicano por ser "um demagogo sem a qualificação necessária para a presidência", além de nunca ter sido eleito a cargos públicos e de ter demonstrado que seu temperamento não lhe permite chegar a uma vaga nessa categoria.