“É preciso lutar contra o monopólio midiático”, diz Socorro Gomes
A esquerda latino-americana está obrigada a promover os meios alternativos de comunicação para enfrentar o monopólio da informação exercido pela direita, assegurou nesta quinta-feira (22) a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes.
Publicado 22/09/2016 15:35
“O Brasil é um exemplo do que digo: cinco famílias poderosas controlam os principais jornais e canais de televisão, nos quais atacaram e atacam diariamente Dilma Rousseff (legitimamente eleita pelo voto popular como presidenta do país, mas removida de seu cargo por um golpe parlamentar), e o ex-mandatário Luís Inàcio Lula da Silva”, disse a dirigente em entrevista à Prensa Latina.
Com suas manipulações os grandes meios de comunicação abusam dos princípios de liberdade de expressão e imprensa, pois não respeitam o direito dos povos a receber informação fidedigna e de qualidade, além de não serem julgados por mentir ou ocultar dados, acrescentou.
Para Socorro, no cenário latino-americano, a desvantagem da esquerda neste sentido salta aos olhos, em comparação com a situação da imprensa de direita; “casos como o da Telesur são felizes exceções”.
Socorro Gomes, que está em Cuba participando no primeiro Seminário Internacional ‘Realidades e desafios da Proclamação da América Latina e Caribe como Zona de Paz’, destacou a importância de expandir uma cultura da paz através das escolas e da imprensa contra os que tentam impor novamente o credo neoliberal no continente.
Nesse sentido, a líder pacifista brasileira falou sobre a necessidade de “transformar a região em uma verdadeira zona de paz, como proclamaram há dois anos em Havana os chefes de Estado e de Governo que participaram na segunda Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos”.
Na véspera, Socorro Gomes recebeu a Medalha da Amizade das mãos do chefe do Departamento de Relações Internacionais do Partido Comunista de Cuba, José Ramón Balaguer, por seu apoio à soberania de Cuba, sua atividade a favor do levantamento do bloqueio econômico dos Estados Unidos à Ilha e o respaldo à defesa da Revolução cubana.