Laboratório espacial Tiangong-2 da China é lançado
A China lançou na quinta-feira (15) o laboratório espacial Tiangong-2 para o espaço, abrindo caminho para uma estação espacial permanente que o país planeja construir ao redor de 2022.
Publicado 16/09/2016 13:05
Em meio a uma fumaça marrom, o Tiangong-2 decolou ao céu com um fundo de lua cheia do meio outono, no Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, e a bordo de um foguete Longa Marcha-2F, deixando um volume vasto de chamas.
Uma vez no espaço, o Tiangong-2 de 8,6 toneladas se manobrará para uma órbita de cerca de 380 quilômetros acima da Terra para testes orbitais iniciais, disse Wu Ping, vice-diretora do escritório de engenharia espacial tripulada da China, na quarta-feira.
O laboratório espacial então se moverá para uma órbita levemente mais alta, em aproximadamente 393 quilômetros acima da Terra, uma altura em que a estação espacial chinesa futura operará, antes que a astronave tripulada Shenzhou-11 transporte dois astronautas masculinos para o espaço para se acoplar com o laboratório. Os dois astronautas trabalharão no laboratório por 30 dias, antes de reentrarem na atmosfera da Terra.
Em abril de 2017, o primeiro navio de carga da China Tianzhou-1, literalmente "navio divino", também será enviado na órbita para se acoplar com o laboratório espacial e fornecer combustível e outro abastecimento.
Wu disse que especialistas verificarão e avaliarão importante tecnologias envolvidas no reabastecimento de propelentes e reparo de equipamentos em órbita, assim como as relacionadas com a permanência a longo prazo dos astronautas no espaço no processo da missão.
Eles também usarão o laboratório, que é projetado para operar pelo menos dois anos, para conduzir experimentos da ciência espacial em uma escala relativamente grande em comparação com os esforços anteriores do país.
O programa espacial tripulado da China agora entrou em uma "nova fase de aplicação e desenvolvimento", disse Wu.