Maduro denuncia investida imperialista contra o Brasil
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que há uma "investida imperialista" contra a presidente brasileira afastada, Dilma Rousseff, e contra outros líderes da América Latina e convocou simpatizantes à “resistência”.
Publicado 31/08/2016 10:33
"É uma investida imperialista contra todos, uma investida continental das oligarquias e da direita pró-imperial contra todos os líderes, governos e movimentos progressistas e populares da esquerda revolucionária", declarou o mandatário durante um ato que reuniu milhares de pessoas em Caracas.
Segundo ele, a investida também atinge os presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Bolívia, Evo Morales, além de movimentos de esquerda na América Latina.
Nesse sentido, Maduro convocou seus simpatizantes à resistência pois, de acordo com ele, "somos milhões e esta batalha vai muito além das fronteiras da Venezuela".
Maduro comentou também o caso do vice-ministro boliviano Rodolfo Illanes, assassinado nesta semana durante um protesto de mineiros, episódio que, de acordo com Maduro, ocorreu para “gerar violência".
Ele citou também que os “ataques” de militares contra Rafael Correa no Equador, que teriam sido feitos com o objetivo de "criar uma crise militar".
A afirmação foi feita em referência a declarações do mandatário equatoriano de que alguns membros das Forças Armadas no país não reconheceriam sua autoridade.
Para o chefe de Estado da Venezuela, as ações “desestabilizadoras” na região pertencem ao que denominou como “novo Plano Condor”, que seria executado a partir dos Estados Unidos a fim de fazer “desaparecer as forças progressistas”.
"Eu digo ao imperialismo que, com Dilma no Brasil, com Evo na Bolívia, com Correa no Equador, com Daniel (Ortega) na Nicarágua (…), a Venezuela vai lutar por seu direito de ter um caminho soberano, independente e próprio", afirmou Maduro.
Ele acrescentou a existência de um suposto plano “golpista” contra seu governo, elaborado pelos EUA, e por isso pediu à população venezuelana que “paralise o país” caso o plano se concretize ou atentem contra sua vida.