E-mails vazados: Hillary Clinton armou terroristas na Síria
O fundador do wikiLeaks, Julian Assange, assinalou ao portal de notícias americano Democracy Now! que o correio eletrônico da candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, aponta indícios de que ela teria dado ordens para armar os terroristas que atuam na Síria.
Publicado 01/08/2016 17:27
"Assim, portante, a desastrosa intervenção, absolutamente desastrosa na Líbia, a destruição do governo de Kadafi, que conduziu a ocupação pelo Estado Islâmico de grandes partes daquele país, o fluxo de armas que vão para a Síria, guiadas por Hillary Clinton para terroristas dentro da Síria, inclusive do Estado Islâmico, é que estão ali presentes nas mensagens eletrônicas.
Há mais de 1,7 mil mensagens eletrônicas da coleção de Hillary Clinton que publicamos, somente sobre a Líbia", disse Assange ao portal.
Assange também destacou que o "WikiLeaks se converteu na biblioteca rebelde de Alexandria", já que se trata da mais significativa "coleção de informação, inexistente em outros lugares, em um formato que pode ser pesquisado, acessível, de como se comportam realmente as instituições modernas".
Escândalo das mensagens do Partido Democrata
No dia 22 de julho, o WikiLeaks publicou mais de 19 mil e-mails dos chefes de campanha de Hillary Clinton. as mensagens eletrônicas cobrem um período compreendido entre janeiro de 2015 e maio de 2016 e pertencem a contas das sete principais figuras do Comitê Nacional Democrata dos Estados Unidos.
A correspondência mostra que os funcionários do partido, contra os regulamentos, não ficaram neutros em relação aos pré-candidatos, se pronunciando a favor de Hillary Clinton nas primárias presidenciais, em detrimento do outro candidato, Bernie Sanders. A publicação obrigou a presidenta do Comitê Nacional Democrata, Deborah Wasserman Schultz, a renunciar ao cargo.