Cidades mais humanas: Um debate estratégico sobre o futuro de Palmas
A Fundação Maurício Grabois, ligada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), realizou na última quinta-feira (21), o seminário "Cidades mais humanas – Construindo hoje a Palmas de amanhã", com o objetivo de contribuir com ideias para o Plano de Governo da candidatura à reeleição do prefeito Carlos Amastha (PSB).
Publicado 25/07/2016 16:23
O evento contou com líderes do partido comunista, como o ex-senador Inácio Arruda (CE), e do PSB, como prefeito Carlos Amastha, presidente estadual da legenda, e os ex-secretário municipais Germana Pires, Danilo de Melo, Alan Barbiero, Nésio Fernandes e Francisco Viana.
Amastha defendeu a contribuição do PCdoB na gestão de Palmas. "Principalmente pela quebra de paradigmas nas áreas de Desenvolvimento Urbano, Meio Ambiente, Saúde, Educação e Segurança, nas quais o PCdoB trouxe pessoas com perfil técnico e dispostas a trabalhar pela cidade e é por isso que PCdoB em Palmas é uma referência Nacional", enfatizou Amastha.
O gestor reiterou que Palmas hoje tem um projeto de gestão a longo prazo. "Temos projetos para os próximos 50 anos, isso é pensar a cidade para as futuras gerações. Queremos unir a cidade, acabar com a especulação imobiliária para que as propriedades cumpram sua função social. Ao executarmos os grandes devedores, vamos claro, cumprir o constitucional repassando recursos para Saúde e Educação e o restante vamos investir no Plano Habitacional que será referência para o País", disse Amastha ao exemplificar as ações em prol do desenvolvimento urbano local.
O palestrante da noite foi Inácio Arruda que atualmente é secretário de Ciência e Tecnologia do Ceará, mas já foi senador e deputado federal e autor do Projeto de Lei que originou o Estatuto da Cidade. Arruda falou das dificuldades em construir a Estatuto das Cidades e incentivou os presentes a usar tanto o Estatuto quanto às leis que se originaram seguindo as diretrizes do mesmo, para promover as mudanças que a cidade precisa. "Do ponto de vista legal, todos esses instrumentos são difíceis de implantar, mas são verdadeiras armas de transformação social nas mãos de gestores honestos e honrados que desejam uma cidade mais humana. É uma legislação muito forte que para ser implementada é preciso ter uma forte mobilização social capaz de cobrar e exigir que seja posta em prática permitindo que se chegue perto de uma cidade mais humana", ressaltou Arruda.
Considerações
O professor Márcio da Silveira falou da necessidade de dar continuidade ao projeto atual com foco na humanização. "Palmas evoluiu muito e não podemos deixar esse projeto ir embora. Esse grupo do PCdoB que compôs a gestão, além de ter a capacidade técnica, teve a visão humana. Tem um ditado que diz que time que está ganhando não se mexe. Eu digo que time que está ganhando deve se mexer para melhor e o caminho é humanizar mais", disse.
O médico Walter Balestra enalteceu as intervenções feitas no trânsito que contribuíram para menos acidentes na cidade. "Chegamos a quase 90% na redução de acidentados nos hospitais devido à fiscalização no trânsito. Se todo mundo andar na velocidade indicada para a via, não haverá multa e nem acidentes. A cidade tem que ser pensada para as pessoas e não para os carros", enfatizou.