Publicado 13/07/2016 18:57
"Penso em ir ao plenário [do Senado] fazer minha defesa. Eu não fui à comissão [que avalia o processo] justamente porque é uma comissão, não é o conjunto dos senadores, e eu preciso do voto do conjunto dos senadores", afirmou em entrevista à Rádio Itatiaia, de Belo Horizonte. “Essa oportunidade que eu tenho garantida pela legislação, eu vou utilizá-la.”
Dilma reiterou que sofre uma injustiça e que não vai parar de lutar para se defender e voltar a ocupar a Presidência da República. "Não há razão constitucional explícita para o processo de 'impeachment'. Isto só pode ocorrer quando há crime de responsabilidade. Está ficando cada vez mais claro que não só não há crime de responsabilidade como as acusações contra mim não se sustentam", argumentou.
Ela declarou que acredita na reversão do seus afastamento e disse que, se voltar ao cargo, irá recompor as condições democráticas e unificar o Brasil.
"Acho que nós vamos ter de recompor as condições democráticas do país. Isto significa construir, junto com aqueles que me apoiaram, um processo de refazer a unidade do país. O país está dividido, o país está num processo em que as pessoas se sentem perplexas diante do que acontece, das medidas que este governo provisório e interino toma".
Dilma teceu críticas às medidas anunciadas pela equipe do presidente interino Michel Temer e defendeu que que será preciso rever o impacto do ajuste fiscal sobre as áreas de educação e saúde.
“O teto da dívida no que se refere aos gastos autorizados pelo governo não pode impactar saúde e educação. Se você não corrigir gastos educação e saúde você não consegue atender às demandas da população”, disse Dilma.