Ato em Salvador cobra punição dos assassinos de militantes comunistas
Amigos, familiares, integrantes de movimentos sociais e sindicais estiveram reunidos em frente ao Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no Centro Administrativo, em Salvador, para cobrar celeridade no julgamento dos acusados pela morte do casal Catarina Galindo e Paulo Colombiano. O crime, que completa seis anos nesta quarta-feira (29/6) e segue em ritmo lento na Justiça.
Publicado 29/06/2016 15:53 | Editado 04/03/2020 16:14
Geraldo Galindo, irmão de Catarina, declarou que o protesto tem sido realizado anualmente, na data do crime, para cobrar o julgamento e evitar que o mesmo caia no esquecimento. “Esse crime abalou a opinião pública baiana e teve repercussão nacional. Nós passamos por um processo jurídico lento e não tem perspectiva a curto prazo de que os criminosos sejam encarcerados, punidos exemplarmente.”
Segundo ele, o que resta aos familiares e amigos é denunciar publicamente os mandantes e
Durante a manifestação, uma comissão formada por familiares e integrantes do movimento social foi recebida pela Assessoria da Presidência do TJ-BA, quando denunciou a morosidade no julgamento dos acusados.
Para Aurino Pedreira, presidente da CTB Bahia, o apelo por justiça não é mais de amigos e familiares das vítimas. “Esse é um clamor da população, de todo movimento social e sindical da Bahia. Esse crime precisa ser julgado e os assassinos presos. Infelizmente, é a força do capital que permanece nesse país. Mas, nós não abriremos mão do legado de Catarina e Paulo.”
Presente no protesto, o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) afirmou que a justiça precisa ser cumprida, pois é necessário dar uma resposta à sociedade sobre o assassinato do casal. A presidente do Comitê Municipal de Salvador, Olívia Santana, afirmou que “o dia 29 de junho ficou marcado na história do partido. Mas, essa tragédia nos trouxe uma grande sede por reparação e justiça. Catarina e Paulo representam a luta dos trabalhadores.”
O crime
O casal foi assassinado por conta da atuação de Paulo na Tesouraria do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, quando descobriu irregularidades no plano de saúde MasterMed, que contava com desvios que quase R$ 35 milhões. De acordo com a polícia, foram os donos da empresa, o oficial aposentado da PM Claudomiro César Ferreira Santana e seu irmão, o médico Cássio Antônio Ferreira Santana, que mandaram executar o casal.