Comentarista tucano caiu em armadilha tramada por ele próprio
Comentarista da rádio Jovem Pan, Marco Antônio Villa diz que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad vai embora para casa às cinco e meia da tarde num dia em que a agenda de Michel Temer, a quem queria agradar, se encerrou às 15h00.
Publicado 22/06/2016 20:38

O dublê de professor e radialista Marco Antônio Villa caiu de novo na armadilha que ele mesmo armou. Ao marcar pari passu a agenda do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ele já se deu mal no mês passado, quando caiu na pegadinha de atacar, como se fosse do prefeito paulistano, a agenda que na verdade era do governo tucano Geraldo Alckmin.
Agora, por um atalho diferente, outra vez ele, através do microfone da rádio Jovem Pan, errou o alvo. Quis acertar, como sempre, em Haddad, mas pegou em cheio no presidente interino Michel Temer, a quem queria agradar.
Na manhã desta quarta-feira 22, Villa foi escalado pela Pan para ser um dos entrevistadores de Temer, em ping-pong que foi ao ar ao vivo.
Após a entrevista, gabando-se aos ouvintes da rádio, Villa saiu-se com essa:
– Fiz até questão de perguntar (a Temer) sobre a agenda de trabalho. Não, ele fica (trabalhando) até duas, três horas da manhã. Vê, o prefeito ocioso de São Paulo, que envergonha São Paulo, às cinco e meia da tarde, às cinco, outro dia às quatro da tarde, que eu li aqui, ele para de trabalhar, né?, disse ele.
O problema, para Villa, é que exatamente nesta quarta-feira 22, a agenda de Temer marca apenas dois compromissos:
10h30 — Reunião com ministros do Núcleo Econômico; local Palácio do Planalto.
15h00 — Cerimônia de posse do novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – Paulo Rabello de Castro; local Palácio do Planalto.
Mais nada.
Pelo raciocínio tosco e enviesado de Marco Antônio Villa, Temer, após as 15h00, não fez mais nada. Parou de trabalhar.
O interesse de Villa não é criticar o atual ocupante do poder, mas o de preservar o tucano Geraldo Alckmin, que o emprega como comentarista na TV Cultura.
Ao atacar a agenda de Haddad num dia praticamente sem compromissos oficiais de Temer, Villa deu mais um tiro no próprio pé.