Publicado 21/06/2016 11:01
Proposta pelo Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), da tropa de choque do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a CPI é considerada uma tentativa de represália contra o movimento estudantil, que tem se destacado na luta contra o golpe perpetrado por Cunha e seus aliados contra a presidenta eleita Dilma Rousseff.
A CPI foi aceita por Cunha quando ainda ocupava a Presidência da Câmara em meio ao processo de votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, para intimidar o movimento estudantil que ocupava as galerias do Congresso reivindicando sua cassação.
Baseada nesses fatos, a deputada Érika Kokay (PT-DF) apresentou, no início de maio, recurso com pedido à Presidência da Câmara para suspender a CPI destinada a investigar o suposto uso irregular de dinheiro público por parte da UNE. Segundo a parlamentar, há uma “verdadeira ofensiva” contra os movimentos sociais que lutam por direitos na Câmara. E alerta para a possibilidade de que essa ofensiva avance sobre outras entidades dos movimentos sociais.