EUA: Hillary Clinton é a primeira Democrata a concorrer à presidência

Hillary deve confirmar e aumentar sua vantagem nesta terça-feira sobre seu rival, o senador Bernie Sanders, ao concluir as primárias em seis estados.

Ainda que seu avanço tenha se baseado no apoio dos superdelegados, Hillary deve obter uma cifra considerável nas primárias desta terça, com a participação dos 813 delegados eleitos pelos votantes.

Ontem, a estimativa da Agência AP de superdelegados deu a Hillary os 2.383, que lhe conferem de forma automática a indicação na convenção democrata da Filadélfia, em julho.

A conta dos delegados obtidos em eleições primárias e assembleias partidárias (1.812), somada à lista de superdelegados que já revelaram seu apoio, deu o número mágico.

Além disso, se soma o fato de ter recebido nesta terça a aceitação da líder da minoria democrata na Câmara de Representantes, Nancy Pelosi (D-Califórnia), e se espera que nesta semana o presidente Barack Obama, oficialmente, apoie sua candidatura à Casa Branca.

Apesar da vitória antecipada, assim como Sanders, continuará a luta para conquistar votos e confirmar que sua vitória também é resultado dos votos populares.

Enquanto isso, a campanha do senador por Vermont enfatiza que até os chamados superdelegados podem mudar de opinião antes da convenção, algo que poucos dentro do partido consideram.

O diretor da campanha da ex-secretária de Estado, Robby Mook disse aguardar que nesta terça-feira Hillary não só confirme uma vitória no voto popular, mas também com a maioria dos delegados comprometidos .

A partir de agora, e dando por certa a candidatura de Hillary, se espera o início de uma campanha brutal na eleição geral contra o republicano Donald Trump.

Uma das principais incógnitas é como a indicação unificará o partido, especialmente os seguidores de Sanders, que poderão declarar apoio a ela caso forem incluídas na plataforma dos democratas as ideias defendidas por eles.

Entre essas ideias estão a ampliação dos benefícios do Seguro Social, a universidade livre da dívida, maior controle sobre Wall Street e um salário mínimo de US$ 15 por hora.