O Globo antecipa neste sábado mais uma baixa no governo Temer

Mantendo a média de um demitido por semana, o governo provisório de Michel Temer deve perder, neste sábado (4), o terceiro ministro, que se soma aos já degolados Romero Jucá (PMDB-RR), do Planejamento, e Fabiano Silveira, da Transparência. Sem contar a recondução do diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação, Ricardo Melo, que levou à saída de Laerte Rimoni, que ocupou a vaga por algumas semanas. A notícia foi divulgada na coluna de Jorge Bastos Moreno, em O Globo.

Fábio Medina Osório , demitido Temer

Trata-se de Fábio Medina Osório, nomeado para a Advocacia-Geral da União, e cuja demissão foi anunciada neste sábado (4) pelo jornalista Jorge Bastos Moreno, colunista do Globo e porta-voz informal do governo provisório de Michel Temer.

São dois os motivos: (1) na base área de Brasília, ele tentou dar uma carteirada para conseguir um jato da Força Aérea Brasileira para viajar a Curitiba num jatinho da FAB; (2) o governo o responsabiliza pela lambança ocorrida na EBC, com a demissão ilegal do presidente Ricardo Melo e a nomeação também ilegal do jornalista Laerte Rimoli, que iniciou um desmonte na empresa, interrompido por decisão do ministro Dias Toffoli.

Além disso, Osório também se indispôs com a advocacia ao abrir sindicância contra o antecessor José Eduardo Cardozo; com sua degola, ele se soma ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) e a Fabiano Silveira, demitidos do Planejamento e da Transparência. 

Leia, abaixo, a nota de Moreno:
 
Queda a jato
 
Há ministros caindo por causa da Lava-Jato. Mas tem um que deverá cair nas próximas horas por causa de um jato. Isto mesmo: um jato.
 
Trata-se de Fábio Osório, advogado-geral da União, que provocou um fuzuê ao tentar embarcar esta semana para Curitiba, na Base Aérea. Negado o pedido, Osório deu uma carteirada nos oficiais da Aeronáutica, dizendo ter status de ministro de Estado.
 
A confusão chegou ao gabinete do presidente.
 
Para complicar ainda mais a situação de Osório, Temer descobriu que Tóffoli só revogou a decisão de demitir o presidente da EBC nomeado por Dilma porque o advogado-geral da União, que deveria fazer a defesa do governo, estava nessa fatídica viagem a Curitiba.
 
Agora, até o padrinho do advogado, o ministro Eliseu Padilha está pedindo sua cabeça ao presidente.