USP abre sindicância para apurar estupro em festa
O Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) abriu sindicância para apurar a denúncia de que um aluno da faculdade estuprou uma estudante da universidade em uma festa em Sorocaba, no interior paulista. O instituto informou que, após as investigações, tomará as medidas necessárias para que o caso não fique impune.
Publicado 02/06/2016 17:22

“O Instituto de Física da USP e sua comunidade acadêmica não compactuam com violências de qualquer espécie, muito menos com as cometidas contra as mulheres”, diz o comunicado da faculdade.
A Atlética da ECA – organização estudantil responsável pelas atividadades esportivas e de lazer na Escola de Comunicações e Artes da USP – que coordenou o evento, ocorrido no último feriado prolongado (do dia 26 a 29), divulgou uma nota, na segunda-feira (30), denunciando o caso. Segundo o comunicado, durante uma festa nos Jogos Universitários de Comunicações e Artes, um aluno de física violentou uma estudante da ECA. O agressor, de acordo com o relato, foi reconhecido e expulso do evento e do alojamento oferecido pela organização. "Não é a primeira vez que o autor do estupro, conhecido como Ezequiaz Cars, que estuda Física no IF-USP, comete tal crime. Pelo menos outras três alunas da ECA também foram vítimas de estupros cometidos por ele na festa “Make Love, Not War” da Escola de Artes Dramáticas (EAD) da ECA, no dia último dia 16 de abril", afirma a nota.
A vítima foi levada para a delegacia, segundo a nota, onde fez um boletim de ocorrência. De acordo com a Atlética, a moça passa bem e está recebendo apoio dos amigos.
O estupro está sendo investigado pela DDM em Sorocaba. De acordo com a delegada Ana Luiza Salomone, o suspeito não foi preso por não haver flagrante. Agora, o caso só deve começar a ser apurado se a vítima apresentar uma representação formal contra o agressor. "Houve o estupro. Mas o que a gente entende é que esse tipo de crime prejudica mais a vítima do que o Estado. Então, enquanto ela não procurar uma delegacia [e fazer uma representação formal] para dar seqüência ao caso, não temos o que fazer", afirma.