Ato marca primeiro dia de greve dos servidores da saúde do Estado

Com faixas e cartazes e banda de música, os servidores ocuparam a frente do Palácio da Abolição para cobrar compromissos do Governo do Estado. Uma reunião com o governador Camilo Santana ficou agendada para esta quinta-feira (02/06), às 16 horas.

Ato marca primeiro dia de greve dos servidores da saúde do Estado

Sem avanço nas negociações com o Governo do Estado, servidores da saúde que atuam nas unidades de saúde pública do Ceará, decidiram entrar em greve a partir da última quarta-feira (01/06). O primeiro dia de greve foi marcado por um ato em frente ao Palácio da Abolição. Com perdas de 60% em suas remunerações, os servidores cobram o retorno das gratificações aos mesmos patamares praticados até dezembro de 2012 e a realização de concurso público.

Pela manhã, uma comissão de servidores e dirigentes do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Ceará (Sindsaúde) foi recebida pelo secretário de relações institucionais do Governo do Estado, Nelson Martins, que garantiu uma reunião com o governador Camilo Santana para esta quinta-feira.

Antes desta reunião, os servidores do comando de greve vão participar de reunião na sede do Sindsaúde. Já na sexta-feira (03/06), uma assembleia será realizada com servidores de todas as unidades de saúde do Estado, em frente ao Hospital César Cals, às 9h, para discutir os resultados da reunião com o governador e os encaminhamentos da greve.

Perdas nas gratificações

Entre as gratificações que sofreram redução de cerca de 60% estão a Gratificação Por Risco de Vida, a Gratificação Especial de Desempenho (GED) e a Gratificação Pela Execução de Trabalho em Condições Especiais concedida aos servidores que trabalham no Hospital São José.

A redução destas gratificações foi somente para os trabalhadores do nível médio do Grupo Ocupacional de Atividades Auxiliares de Saúde (ATS), em que estão incluídos o auxiliar/ técnico de enfermagem, técnico de radiologia e atendente de enfermagem. Para o Sindsaúde, uma distorção que precisa ser corrigida, o que já vem sendo prometido pelo governador Camilo Santana em negociações desde 2015.

Os servidores da saúde do Estado representam hoje cerca de 40% da força de trabalho nas unidades estaduais de saúde. São minoria em espaços ocupados em sua maioria por trabalhadores sem vínculos com o Estado, em relações precarizadas, seja através de cooperativas, de serviço terceirizado ou através do serviço autônomo. Durante a greve, 30% dos servidores continuam trabalhando em regime de escalas.